Cachalotes ensinam umas às outras como evitar arpões

Damares Alves
Uma cachalote e seu filhote na costa da Maurícia. Imagem: Gabriel Barathieu

Um novo estudo publicado na Royal Society, mostrou que as cachalotes não somente aprenderam a evitar arpões para escapar da caça baleeira, como também ensinam umas às outra como evitá-los.

O estudo se baseou em diários de bordo digitalizados de baleeiros americanos, que registraram detalhes de suas expedições durante o século 19, há cerca de 200 anos. Os documentos continham dados importantes como o número de baleias avistadas, arpoadas e taxa de sucesso na caça aos grande mamíferos.

Elas aprendem rapidamente e

Cachalotes ensinam umas ás outras
Imagem de imbault por Pixabay

A analise dos documentos revelou que a taxa de sucesso das arpoadas reduziu drasticamente (cerca de 58%) em apenas dois anos e meio após o início da caça na região.

Segundo o estudo, os grupos de cachalotes entenderam o que as estava atacando e matando, e em seguida elas compartilharam essas informações com seu grupo e mudaram seu comportamento de acordo com isso, mostrando uma ‘evolução cultural’.

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Os documentos mostram que até mesmo os caçadores reconheceram que as cachalotes desenvolveram táticas para evitá-los. Em vez de formar quadrados defensivos usados ​​para lutar contra seus predadores naturais, que são as orcas, elas simplesmente perceberam que nadar contra o vento lhes permitiria ultrapassar os navios à velas que eram movidos pelo vento. Elas aprenderam muito rapidamente um comportamento defensivo eficaz e depois passaram este conhecimento adiante.

Um grande cérebro perspicaz

Cachalotes ensinam umas ás outras como escapar de arpões
Imagem de Christian Neßlinger por Pixabay

Embora os baleeiros tivessem enorme demanda pelos ossos de baleia, marfim e gordura e tivessem registrado quase 80.000 dias de caçadas em mar aberto, houve apenas 2.405 avistamentos de baleias bem-sucedidos, uma taxa de sucesso de meros 3%. 

As cachalotes são criaturas incríveis, elas tem um cérebro enorme, maior que o de qualquer outro animal do planeta segundo o American Museum of Natural History, portanto não é de se admirar que elas foram capazes de se adaptar rapidamente há 200 anos.

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