A coprofagia é comum em muitos animais. Nos cães, esse comportamento remonta ao Paleolítico, quando começaram a se associar aos humanos. Os excrementos humanos, um alimentos muito nutritivo, estava de fácil acesso a maioria deles.
Consumir suas próprias fezes ou de outros animais é um comportamento bastante comum em cães. Entre os fatores que o levam à coprofagia, encontramos causas médicas relacionadas a problemas intestinais, gastrite ou mesmo deficiência enzimática. Também pode ser um problema dietético, quando o cão ingere comida simples e difícil de digerir diariamente. Outras causas também estão relacionadas a distúrbios comportamentais, como o tédio, a depressão e o estresse.
Se essas explicações parecem válidas, elas não fornecem nenhuma informação sobre as razões que levam alguns cães a amarem excrementos humanos. Por outro lado, os lobos também são vulneráveis à coprofagia, mas alimentam bem pouco ou simplesmente de nenhum excremento humano.
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A origem do gosto por fezes
Os especialistas em comportamento Ray e Lorna Coppinger investigaram o comportamento que leva os cães a gostarem de fezes de humanos. Eles explicaram em seu livro A New Understanding of Canine Origin, Behavior, and Evolution (2002) que as sobras (lixo) desempenharam um papel essencial na domesticação do cão. Lembre-se de que a evolução dos cães a partir dos lobos remonta ao Paleolítico.
Os lobos se aproximaram dos grupos nômades de caçadores-coletores. Quando os humanos se acomodaram, surgiram depósitos de lixo. Assim, os lobos tiveram acesso a uma abundância de alimentos.
Os primeiros assentamentos humanos eram pequenos demais para produzir lixo o suficiente para os tantos indivíduos de lobos que iam surgindo. Em seu estudo publicado na revista Psychology Today, o antropozoólogo Hal Herzog explicou que, por esse motivo, os dejetos dos nossos ancestrais desempenharam uma importante fonte de nutrientes na época.
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Exemplo nos dias atuais
Por fim, em uma pesquisa de 2018, cientistas verificaram que cães selvagens na Etiópia tinham uma alimentação variada. Metade das 400 refeições que os pesquisadores observaram, os cães comeram cascas de cevada descartadas pelos moradores. No entanto, 21 por cento das refeições do cão consistiam em excremento de humanos, tornando-o o segundo item mais popular do menu.