Vídeo fofinho mostra o menor tatu do mundo se enterrando

Milena Elísios
Com pouco mais de dez centímetros, o pichiengo ou tatu-fada-rosa é o menor tatu do mundo. (Imagem: Captura de tela YouTube / Willy Escudero)

A baleia azul é o maior animal do mundo. Um sapo batizado como Paedophryne amauensis é o menor vertebrado conhecido. Estes já são fatos amplamente conhecidos, mas você sabe qual é o menor tatu do mundo? Quem recebe este título é pichiciego-menor (Chlamyphorus truncatus) que mede pouco mais de 10 centímetros.

Com pouco mais de dez centímetros, o pichiengo ou tatu-fada-rosa é o menor tatu do mundo. (Imagem: P. Vogt / M. Superina)
Com pouco mais de dez centímetros, o pichiengo ou tatu-fada-rosa é o menor tatu do mundo. (Imagem: P. Vogt / M. Superina)

Também conhecido como tatu-fada-rosa, este é mais raro mamífero do mundo e pode ser encontrado apenas nas planícies da Argentina. Tendo hábitos noturnos, os pichiegos escondem-se durante o dia e saem após o pôr-do-sol para se alimentar de uma dieta composta por formigas, larvas de insetos, minhocas, raízes e outras partes de plantas.

O menor tatu do mundo é um exímio cavador

Capturado nas pastagens de Mendoza, Argentina, este vídeo mostra um tatu-fada-rosa fazendo o que os tatus-fada-rosa fazem melhor: cavar. A menor das espécies de tatus, o pichiciego (como também é conhecido) tem garras impressionantes em seus membros dianteiros e traseiros, usadas para escavar a terra, caçando invertebrados e mastigando plantas. De fato, esses animais passam quase a vida inteira no subsolo — são tão raramente vistos que nem sabemos quantos podem estar lá fora.

Caso se depare com um animal silvestre, em hipótese alguma use paus ou outros objetos para cutucá-los, como acontece no vídeo, apenas deixe-os seguir seu caminho. O remetente de vídeo afirmou que o animal não foi retirado de seu habitat natural.

Conservação

Os pichiengos são animais lentos, exceto ao cavar, pois podem se enterrar completamente em questão de segundos, quando ameaçados. Para cavar, eles se apoiam sobre a sua cauda, jogando a terra muito rapidamente por debaixo e para trás de si mesmos, enquanto usam as extremidades dos membros torácicos para amontoá-la e as dos membros pélvicos para espalhá-la.

Os tatus-fada-rosa não se dão bem em cativeiro. Eles simplesmente não sobrevivem muito tempo nestas condições. Entre 1996 e 2006 o C. truncatus era, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), uma espécie ameaçada de extinção, com estado de conservação vulnerável, devido à destruição de seu habitat e a predação conduzida por cães domésticos. Entre 2006 e 2008 o risco de extinção desta espécie era pouco preocupante, com estado de conservação quase-vulnerável. Desde 2008, contudo, a IUCN classifica o estado de conservação da espécie como desconhecido, devido à falta de informações sobre o seu estado populacional.

Segundo a pesquisadora Mariella Superina, do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica da Argentina, em um artigo publicado na Wired no ano passado, ela pesquisa tatus no habitat dos pichiengos-menores há 13 anos e “nunca viu um na natureza”. Estes pequenos animais são seriamente evasivos.

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