Em 2021, o buraco da camada de ozônio aumentou. Foi o 13° maior aumento desde 1979, segundo a NASA. O inverno mais rigoroso desse ano no Hemisfério Sul e o contínuo avanço das mudanças climáticas causou o maior crescimento do buraco.
A NASA divulgou um vídeo com o aumento do buraco na camada de ozônio da Antártica, atingindo seu maior pico em outubro. A NASA monitora o buraco através de três satélites. São eles: Aura, Suomi-NPP e NOAA-20, operados pela agência espacial americana em conjunto com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos EUA.
Confira a animação liberada pela NASA.
Por que devemos nos preocupar com o buraco da camada de ozônio?
O ozônio é um gás que ocorre naturalmente na Terra que se forma nas camadas mais altas da atmosfera. Ele se forma quando a radiação ultravioleta que vem do sol interage com o oxigênio presente nessas camadas.
O ozônio é importante pois ele forma uma camada que ajuda na proteção dos raios ultravioletas que entram no planeta. É como se fosse um protetor solar natural.
As atividades humanas no período industrial até atualmente, liberam gases, como cloro e bromo, para atmosfera que conseguem quebrar a camada de ozônio, causando os buracos. Assim, ocorre a passagem sem filtro da radiação ultravioleta, o que é prejudicial para os humanos, causando câncer de pele e causa também o aumento da temperatura do planeta.
A quebra do ozônio também tem relação com baixas temperaturas nas camadas da atmosfera onde o gás se forma e a interação com a luz solar. Dessa forma, o buraco normalmente acontece na região Antártica logo após o período de inverno, onde o sol começa a aparecer no local e as temperaturas estão muito baixas.
Poderia ser ainda pior
O buraco da camada de ozônio deste ano atingiu o tamanho da América do norte, cerca de 25 milhões de km².
No entanto, a NASA afirmou que, se não fosse pelo Protocolo de Montreal assinado em 1987, restringindo a liberação desses gases destruidores da camada de ozônio, o buraco estaria cerca de 1,5 milhão de km² maior.
Assim, há esperança que, com a diminuição dos gases destruidores, seja possível que a camada de ozônio se recupere até 2070.