O Museu Antonio Canova, no norte da Itália, sofreu com um turista. Em busca da selfie perfeita enquanto realizava uma sessão de fotos, algo inesperado aconteceu. Reclinado sobre uma escultura de gesso de 216 anos, o homem se sentou perto dos pés da estátua e acabou arrancando vários de seus dedos.
Um comunicado indicou que essa pessoa fugiu às pressas, sem informar os guardas sobre o ocorrido. Desde que a pandemia de COVID-19 começou, o museu passou a exigir que turistas internacionais fizessem login como medida de segurança. Essa foi uma evidência, junto com a avaliação das imagens gravadas pelas câmeras de segurança.
Assim, conseguiram descobrir que um austríaco de 50 anos foi o responsável pelo estrago. Ele estava em viagem junto com outros turistas, quando resolveu passar no museu. A polícia entrou em contato com a esposa do homem, que admitiu o erro do marido. Agora um tribunal em Treviso é o responsável pelo caso.
Falta de cuidado pode gerar multa ao homem
O turista pode ter sérios problemas com a justiça italiana, já que a pena máxima para este caso é de 8 anos de prisão e uma multa de 100 mil euros. Contudo, existe uma controvérsia: CNN, Reuters e a agência italiana Adnkronos dizem que o turista quebrou três dedos, já a declaração do museu fala em dois. Além disso, talvez a escultura tenha sofrido outros danos, que ainda não foram descobertos.
“Adotar um comportamento responsável dentro do Museu, respeitando as obras e os bens preservados, não é apenas um dever cívico, mas um sinal de respeito pelo que nossa história e cultura testemunham e que devem ser orgulhosamente transmitidas às gerações futuras”, disse o museu em um comunicado.
Muitas pessoas não entenderam como um homem pode ter chegado tão perto da escultura dentro do museu, inclusive com questionamentos no Facebook. A peça foi criada em 1804 pelo escultor Antonio Canova, representando Pauline Borghese Bonaparte, irmã de Napoleão. Além disso, há uma versão em mármore da escultura, na Galleria Borghese, em Roma.
Busca pela selfie perfeita não foi o primeiro dano a estátua
Essa não foi a primeira vez que a estátua sofreu deformações. Em 1917, foi bombardeada e perdeu a sua cabeça, além de prejudicar os pés e as mãos, então a restauração aconteceu somente em 2004.
Nos últimos anos isso tem sido algo comum, infelizmente. Turistas em busca da selfie perfeita danificaram algumas obras de arte, nos mais variados lugares do mundo. Por exemplo, em 2017 um visitante tropeçou e esmagou a abóbora Yayoi Kusama, no Museu Hirshhorn.
Para completar, o austríaco desastrado enviou um pedido de desculpas por e-mail após ler sobre o incidente e perceber o que havia causado. “Durante a visita ao Museu de Possagno, sentei-me na estátua, sem perceber o dano que evidentemente causei”, escreveu ele. “Peço desculpas em todos os sentidos.”
Com informações de Smithsonian Magazine.