Quantas pessoas seriam necessárias para a humanidade sobreviver a um apocalipse?

Mateus Marchetto
Entenda como um apocalipse poderia acontecer e quantas pessoas sobreviveriam a ele. Imagem: Elliot Alderson / Pixabay

Ficções sobre apocalipses diversos são abundantes pela cultura pop. Desde “A Guerra dos Mundos”, de H.G Wells, até Vingadores, o fim da humanidade é um tema que chama a atenção. De fato, há algumas formas de um apocalipse realmente acontecer hoje, e a pandemia da Covid-19 só deixou isso mais evidente. Nesse sentido, vamos supor por um momento que um evento assim acontecesse. Quantas pessoas, poderiam sobreviver, se alguma?

Diversos apocalipses já aconteceram, na verdade. Em um deles a Terra virou uma bola de neve gigante, tão fria que matou 99% das espécies do planeta. Ainda assim, esse 1% se recuperou ao longo de milhões de anos e deu origem a toda a biodiversidade que temos hoje. Então a vida em si pode ser um pouco mais resistente do que se imagina.

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Imagem: JL G/Pixabay

Contudo, a sociedade humana talvez não seja. Uma guerra nuclear poderia facilmente levar o planeta a um inverno nuclear. Sem recursos básicos como alimento, água potável, abrigo e comunicação, a humanidade provavelmente ficaria restrita a pequenas tribos que conseguissem uma fonte desses recursos. Nesse caso, portanto, pessoas mais próximas desses recursos teriam mais possibilidade de sobrevivência.

A crise climática global também assusta no quesito extinção da humanidade. Se a perda de hábitats e emissão de gases poluentes continuar nesse ritmo, o trópicos do planeta tenderiam a ficar inabitáveis. Isso porque essas regiões recebem uma incidência mais direta de luz solar. Assim, os indivíduos de regiões polares encontrariam climas mais amenos e provavelmente alguns milhões sobreviveriam.

O apocalipse da consanguinidade

No caso de um microrganismo mais mortal que o Sars-CoV-2, por outro lado, a situação fica mais complicada. Isso porque apenas lugares que não tiveram contato nenhum com a doença estariam a salvo. Candidatos fortes seriam a Nova Zelândia e Groenlândia. Isso deixaria alguns milhares de humanos no planeta, talvez até menos.

Contudo, há um número mínimo de humanos que precisariam sobreviver para repovoar o planeta. Esse número, assim, é definido pela consanguinidade. Ou seja, em uma população muito pequena, as relações consanguíneas aumentariam cada vez mais, gerando descendentes com doenças genéticas.

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Imagem: DeSa81/Pixabay

Para os humanos, estimativas mostram que o número crítico para evitar problemas com consanguinidade seria próximo de uma centena. Estudos teorizando uma viagem a Próxima Centauri B, por exemplo, mostram que ao menos 500 humanos deveriam embarcar em uma nave para assegurar a diversidade genética da espécie.

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