Fique calmo, não é o apocalipse. Um ciclo solar dura aproximadamente 11 anos, e já contamos 25 deles. Trata-se apenas de um período onde mudanças parecidas se repetem.
Na última terça feira, (15) especialistas da NASA e da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), discutiram algumas das previsões para o novo ciclo.
Um ciclo solar inicia-se logo após o mínimo solar, ou seja, após o período onde o Sol atinge a sua atividade mínima. Mal sentimos o reflexo dessa mudança de atividade, no entanto. Ele não causa uma era do gelo nem nada semelhante. O mínimo solar ocorreu em dezembro de 2019.
A atividade solar é mais sobre o quão “agitado” está o Sol. Durante o máximo solar, portanto, que deve ocorrer em 2025, o Sol possui mais manchas solares. São literalmente manchas. Veja a foto:
Essas manchas são perturbações magnéticas que causam erupções e ventos solares. As erupções solares, por sua vez, são partículas altamente carregadas, geralmente na forma de plasma, que são lançadas ao espaço.
“Conforme emergimos do mínimo solar e nos aproximamos do máximo do Ciclo 25, é importante lembrar que a atividade solar nunca para. Ela muda de forma conforme o pêndulo oscila”, explica a cientista solar Lika Guhathakurta.
O maior risco, no entanto, não está exatamente nos efeitos do clima na Terra. O máximo solar, significa que o Sol atirará uma maior quantidade de plasma nos planetas do sistema solar.
Os ventos solares, portanto, são capazes de nos levar de volta para a Idade Média. Se fossemos atingidos por ventos muito fortes, equipamentos elétricos e eletrônicos queimariam, como há precedentes.
Preparação para os perigos
Os satélites são quem corre o maior risco, por estarem mais expostos ao espaço. Aqui na Terra, nós possuímos mais camadas de proteção natural. E os satélites exercem uma importante função, por isso não podem queimar.
Além disso, está programada para 2024 a missão Artemis, da NASA. Trata-se da próxima missão tripulada para a Lua. Então é necessário tomar as precauções para a segurança deles.
A missão Artemis tem como intuito iniciar a difícil missão de se instituir uma base na Lua. Para sair da Terra, infelizmente gastamos muito combustível, pelo atrito com a atmosfera.
“Não há mau tempo, apenas má preparação”, diz Jake Bleacher, cientista-chefe da Diretoria de Exploração Humana e Missão de Operações da NASA. “O clima espacial é o que é – nosso trabalho é nos prepararmos”
A Lua não possui atmosfera, então é mais fácil sair de lá. Para possibilitar uma missão tripulada de ida e volta para Marte, os astronautas precisariam, portanto, reabastecer o foguete. Por isso a importância de se voltar para a Lua.
Além disso, para 2024, a NOAA programa o lançamento de uma espaçonave de monitoramento solar. A Space Weather Follow-On L-1 (SWFO-L1) deve trazer mais detalhes do “clima espacial”.
Embora diversas missões tenham sido lançadas para se estudar o Sol, nenhuma foi tão específica. O SWFO-L1 será equipado com instrumentos para a coleta de amostras do vento solar, além das imagens de ejeção de massa coronal.
Com informações de NASA e NOOA.