Quando Roma foi fundada?

Elisson Amboni

O mito revela que os irmãos gêmeos e semideuses, Rômulo e Remo, estabeleceram as bases do poderoso império romano em 21 de abril de 753 AEC.

De acordo com a lenda…

O destino dos gêmeos foi predeterminado quando seu avô, o rei Nimitor, que governava a cidade de Alba Longa ao longo do Rio Tibre, foi destronado por seu irmão Amulius. Este último, depois de tomar o poder, queria governar para sempre, então matou todos os outros herdeiros masculinos do trono e forçou a filha de Nimitor, Rhea Silvia, a ser uma Virgem Vestal. Ele acreditava que o voto de castidade da mulher a impediria de ter filhos que teriam direito ao trono.

Mas Rhea Silva engravidou do deus da guerra Marte e deu à luz meninos gêmeos. Amulius a mandou para a prisão e condenou os bebês gêmeos à morte. Eles foram enviados ao rio Tibre para serem afogados. No entanto, o servo encarregado de se livrar dos bebês teve pena dos gêmeos e os colocou dentro de uma cesta. A cesta foi levada ao longo do rio até chegar às sete colinas. Segundo a lenda, os gêmeos foram encontrados por uma loba que acolheu os meninos e cuidou deles em sua toca. Eles ficaram com a loba até que um pastor de ovelhas os encontrou.  

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O pastor de ovelhas Faustulus trazendo Romulus e Remus para a sua esposa. Imagem: Nicolas Mignard (1654)

Outra lenda, porém, conta a história de uma mulher chamada Roma, que de acordo com as histórias viajou para a área de Troia após o fim da famosa cidade. Ela, junto com Enéias e outros sobreviventes, chegaram às margens do rio Tibre. Foi ali, acredita-se, que foi onde eles se estabeleceram e fundaram o que logo se tornou um dos impérios mais poderosos da história.

A ascensão da cidade

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A Muralha Serviana leva o nome do rei Sérvio Túlio e é a primeira muralha de Roma

A pequena cidade situada ao longo do rio logo se tornou um centro comercial. Sua localização acessível facilitou para os comerciantes o tráfego de suas mercadorias. À medida que o comércio se intensificou, Roma se fortaleceu, eventualmente adotando influências gregas que se tornaram a base de sua arquitetura, alfabetização e religião. De uma pequena cidade às margens do rio Tibre, Roma se tornou uma cidade majestosa nos séculos 8 e 6 AEC. Mas foi por meio da guerra que Roma se tornou uma superpotência no mundo antigo. Ao vencer guerras, Roma cresceu e dominou a região. Ao longo de oito séculos, Roma adquiriu mais riqueza e poder, tornando-se um vasto império. 

O fim da República Romana marcou a ascensão do Império Romano, que atingiu seu auge em 117 EC. Eles dominaram áreas em toda a Europa, na Inglaterra e até o Egito. A força militar de Roma permitiu conquistar terras ao redor do Mar Mediterrâneo.

Queda de Roma

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Ruínas do Império Romano. Imagem: Stefano Pellicciari/Shutterstock

Acredita-se que muitos fatores tenham causado a queda do Império Romano. Alguns historiadores acreditam que a queda de Roma começou a partir de uma série de perdas militares para as “tribos bárbaras”, que eventualmente invadiu as fronteiras do império, avançando lentamente até que em 410 o rei visigodo Alaric finalmente destruiu a cidade de Roma. Outro ataque desta vez pelos vândalos enfraqueceu ainda mais o poder de Roma em 455. Em 476, o líder germânico Odoacro depôs com sucesso o imperador romano e acredita-se que, desde então, nenhum outro imperador governou o império ocidental, o que muitos acreditam ter causado o fim do império.

Outros acreditam que o império simplesmente se esticou demais — um grande território que acabou se tornando muito difícil de governar. Anos de guerras também secaram os cofres do Império. Esforços para conquistar mais terras e ou defender seus territórios existentes tornaram-se demais para manter. E, devido ao tamanho de Roma, o governo acabou se tornando difícil de controlar e monitorar. A corrupção e a turbulência política contínua fizeram com que os cidadãos perdessem a confiança no governo.

Há também outros que acreditam que a ascensão e disseminação do cristianismo, juntamente com outros fatores, podem ter causado o fim do império. Alguns acreditam que o cristianismo não substituiu apenas a religião romana, mas todas as outras tradições e sistemas de valores romanos. O poder político foi lentamente tirado do próprio estado e colocado sobre papas e outros líderes da Igreja.

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