Os Estados Unidos têm a maior reserva de ouro do mundo, segundo o último levantamento da Statista. O Fundo Monetário Internacional também possui uma quantidade impressionante de ouro, mais do que a Itália, mas ainda assim menos do que a Alemanha.
Apesar das moedas governamentais não necessitarem mais de lastro em ouro, os governos mantêm grandes reservas. A razão? Proteção contra hiperinflações e potenciais catástrofes econômicas. O ouro, portanto, ainda desempenha um papel importante na economia moderna, servindo como um seguro contra tempos incertos.
O que são e como são feitas as reservas de ouro
O ouro tem sido uma moeda de troca valorizada por milênios. Durante séculos, o papel-moeda, emitido por governos, tinha seu valor atrelado ao ouro. Isso garantia que cada nota poderia ser trocada por uma quantidade específica desse metal precioso.
O comércio internacional se baseava no ouro. Por isso, era essencial que os países mantivessem uma reserva considerável dele. Essa prática não apenas sustentava a economia, mas também servia como uma ferramenta política.
Hoje, nenhum governo exige que toda a sua moeda esteja lastreada em ouro. No entanto, eles continuam armazenando grandes volumes desse metal. Isso serve como um escudo contra a hiperinflação e outras crises econômicas. As reservas de ouro aumentam a cada ano e são medidas em toneladas.
No mundo dos negócios, o ouro é um ativo valioso. Ele é utilizado em vários setores, incluindo medicina, joalheria e eletrônica. Para muitos investidores, o ouro é uma defesa contra a inflação e a recessão.
As reservas de ouro são uma ferramenta estratégica para os governos. Eles podem comprar grandes quantidades para combater a inflação. Além disso, o valor das importações e exportações de um país está intrinsecamente ligado à sua moeda. Se as importações superam as exportações, o valor da moeda cai e vice-versa.
Portanto, um país que exporta ouro e tem um excedente de reservas pode ver um aumento na força de sua moeda. No entanto, o ouro também pode reduzir o valor da moeda usada para comprá-lo. Se muitas transações são feitas em ouro, ele pode desvalorizar a moeda local e causar inflação.
Os países com as maiores reservas de ouro
1. Estados Unidos
- 8,133.5 toneladas.
Durante o sistema de Bretton Woods de troca internacional, quando os Estados Unidos ofereceu guardar o ouro dos outros países em troca de dólares, foi relatado que entre 90% e 95% de toda a reserva mundial de ouro se encontrava em cofres norte-americanos. Décadas mais tarde, os Estados Unidos ainda guardam a maior parte. Ouro constitui mais de 75% de suas reservas estrangeiras.
2. Alemanha
- 3,359.1 toneladas.
A Alemanha é o segundo dentre os países com as maiores reservas de ouro, e o guarda no Deutsche Bundesbank, em Frankfurt am Main, no ramo do Banco da Reserva Federal dos Estados Unidos em Nova York e no Banco da Inglaterra, em londres.
3. Itália
- 2,451.8 toneladas.
A crise na zona do euro levou a alguns membros do governo italiano a venderem algumas de suas reservas de ouro para levantar fundos, mas esses planos nunca se concretizaram.
4. França
- 2,436.5 toneladas.
O ex-presidente France Charles de Gaulle foi parcialmente responsável pelo colapso do sistema de Bretton Woods, quando apontou o blefe dos EUA e começou a trocar dólares por ouro nas reservas de Fort Knox.
O presidente Richard Nixon, na época, que sabia que a taxa fixada de US$ 35 por onça de ouro era muito baixa, eventualmente teve que retirar os EUA do padrão ouro, terminando a era da conversibilidade automática do dólar em ouro.
5. Rússia
- 2,301.6 toneladas
A Rússia superou a China dentre os países com as maiores reservas de ouro em 2018. O aumento nas reservas de ouro na Rússia foi visto como uma tentativa de diversificar a economia para além dos investimentos americanos. A Rússia vendeu principalmente títulos do Tesouro dos EUA para comprar o ouro.