O mundo animal é repleto de criaturas fascinantes, e as libélulas não são exceção. Esses insetos, que existem há cerca de 350 milhões de anos, têm características surpreendentes, especialmente em sua fase juvenil.
As libélulas passam por três estágios de vida: ovo, larva e adulto. A fase larval, também chamada de ninfa, é a mais longa e pode durar de alguns meses a mais de cinco anos, dependendo da espécie.
As ninfas de libélulas usam o reto como um sistema de propulsão a jato. Ao expelir água em alta pressão, elas conseguem se mover rapidamente na água.
Além disso, as ninfas têm adaptações incríveis ligadas à sua parte traseira. Elas usam o ânus para sugar água, criando pressão no reto que impulsiona suas partes bucais para fora. Esse movimento rápido, que leva de 10 a 30 milissegundos, ajuda as capturar presas.
O mais impressionante é que a câmara retal das ninfas contém brânquias. A água passa por essas brânquias, permitindo que as ninfas extraiam oxigênio. Em outras palavras, elas respiram pelo traseiro. Acredita-se que essas brânquias retais evoluíram a partir do final do cólon.
Quando se tornam adultas, as libélulas passam a respirar por pequenos orifícios e tubos nas laterais do corpo, chamados espiráculos. Existe até uma fase intermediária, conhecida como ínstar, em que o inseto pode respirar tanto pelo ar quanto pelas brânquias retais.
As libélulas adultas são predadoras vorazes, assim como suas formas jovens. Elas podem comer centenas de insetos por dia. Existem cerca de 7.000 espécies de libélulas, presentes em todos os continentes, exceto na Antártida.
As fêmeas põem centenas de ovos, geralmente em plantas próximas ao nível da água. Algumas espécies injetam seus ovos diretamente no leito dos rios.
Esses insetos antigos têm uma história fascinante e adaptações únicas que os tornam verdadeiramente especiais no reino animal.