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Economia

Os 6 países com as maiores reservas de terras raras do mundo

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Imagem: Sergei Bulkin/TASS/IMAGO

À medida que o mundo avança para uma nova era econômica, focada em energia limpa e avanços tecnológicos, a demanda por terras raras cresce rapidamente.

Esses metais são essenciais para a fabricação de ímãs permanentes usados em veículos elétricos, turbinas eólicas, eletrônicos e outras tecnologias verdes.

Com preocupações crescentes sobre a cadeia de suprimentos, é importante entender quais países detêm as maiores reservas de terras raras e como isso pode impactar o mercado global.

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Principais reservas e produção mundial

De acordo com o último relatório do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), as reservas globais de terras raras somam cerca de 130 milhões de toneladas métricas.

1. China

A China lidera com folga, detendo 44 milhões de toneladas métricas em reservas e produzindo 270 mil toneladas em 2024, o que representa a maior produção mundial.

O país mantém políticas rigorosas para proteger suas reservas, como o combate à mineração ilegal e o estabelecimento de estoques nacionais.

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Em 2023, a China também proibiu a exportação de tecnologia para a fabricação de ímãs de terras raras, reforçando seu domínio no setor.

2. Brasil

Logo atrás da China está o Brasil, com 21 milhões de toneladas métricas em reservas, embora sua produção seja muito baixa — apenas 20 toneladas métricas em 2024.

No entanto, isso deve mudar em breve.

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A empresa Serra Verde iniciou a produção comercial em 2024 em Goiás, com expectativa de alcançar 5 mil toneladas métricas anuais até 2026.

O depósito Pela Ema, um dos maiores do tipo em argila iônica no mundo, é notável por produzir os quatro elementos críticos para ímãs: neodímio, prasódio, térbio e disprósio.

3. Índia

A Índia ocupa o terceiro lugar em reservas, com 6,9 milhões de toneladas métricas, e produziu 2.900 toneladas em 2024.

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O país possui cerca de 35% dos depósitos minerais de praia e areia, importantes fontes de terras raras.

Recentemente, o governo indiano anunciou iniciativas para fortalecer pesquisa e desenvolvimento em terras raras, além de planos para construir a primeira planta de metais, ligas e ímãs no país.

4. Austrália

A Austrália detém a quarta maior reserva, com 5,7 milhões de toneladas métricas, e produziu 13 mil toneladas em 2024.

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A mineração comercial começou no país em 2007, e a produção deve crescer com a expansão da mina Mount Weld, operada pela Lynas Rare Earths, e a mina Yangibana, da Hastings Technology Metals, prevista para iniciar operações em 2026.

A Lynas é considerada a maior fornecedora de terras raras fora da China.

5. Rússia

A Rússia possui 3,8 milhões de toneladas métricas em reservas, mas esse número foi revisado para baixo em 2024, de 10 milhões no ano anterior.

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A produção russa se manteve estável em 2.500 toneladas métricas.

O governo russo planejava investir US$ 1,5 bilhão para competir com a China, mas a guerra na Ucrânia parece ter atrasado esses planos.

6. Vietnã

O Vietnã tem 3,5 milhões de toneladas em reservas, mas produz apenas 300 toneladas métricas.

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O país havia estabelecido uma meta ambiciosa de produção para 2030, porém, em 2023, a prisão de executivos da principal empresa local, Vietnam Rare Earth, por fraudes fiscais, pode ter comprometido esses planos.

Os desafios da mineração e os impactos ambientais

A mineração de terras raras apresenta desafios técnicos e ambientais significativos. Embora o nome sugira que esses elementos são escassos, depósitos econômicos são difíceis de encontrar, especialmente para os metais pesados, que são mais valiosos.

Outro obstáculo é o processo de separação, que é complexo e caro, pois os elementos possuem propriedades químicas muito semelhantes. A extração geralmente envolve mineração a céu aberto ou lixiviação in situ, seguida por um processo de solventes para separar os metais.

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Além das dificuldades técnicas, a mineração pode causar danos ambientais graves. Muitas vezes, os minérios contêm elementos radioativos como tório e urânio, e o manejo inadequado dos resíduos pode contaminar a água e o solo.

Regiões da China e de Mianmar têm sofrido com a degradação ambiental causada pela mineração ilegal e não regulamentada, incluindo poluição da água e deslizamentos de terra.

Um relatório da Global Witness destacou que, em Mianmar, mais de 2.700 piscinas ilegais de lixiviação cobrem uma área do tamanho de Cingapura, afetando o acesso à água potável e a vida selvagem local.

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Perspectivas para o futuro das terras raras

O aumento da demanda por tecnologias limpas e eletrônicos deve impulsionar a produção global de terras raras, que já cresceu de pouco mais de 100 mil toneladas métricas há uma década para 390 mil toneladas em 2024.

Países com grandes reservas, mas baixa produção, como Brasil e Vietnã, podem se tornar protagonistas no mercado nos próximos anos.

Enquanto isso, a China continua a dominar a produção e o controle tecnológico, o que gera tensões comerciais, especialmente com os Estados Unidos, que importa a maior parte de suas terras raras do país asiático.

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