Os 10 animais mais raros do mundo

Dominic Albuquerque
Um urso-de-Gobi.

Com a mudança nas circunstâncias e no clima, as espécies precisam se adaptar para sobreviver. Caso contrário, se tornarão vítimas das diversas ameaças que as circundam hoje em dia. A perda de habitat, a caça desenfreada, assim como doenças, são perigos que os animais enfrentaram no passado e enfrentam hoje.

Aqui, falaremos sobre os animais mais raros do mundo, que ainda estão presentes na natureza. Todos os animais mais raros do mundo encontram-se em risco de extinção, e precisam da ajuda humana para sua conservação.

10. Vaquita

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Um dos animais mais raros do mundo é a vaquita (Phocoena sinus), que vive na costa do México. Em 1997, o registro de sua população apontava 567 membros, número que diminuiu para 18 desde então. É provável que a vaquita seja extinta em uma década.

A maior responsável pela morte das vaquitas, que é a menor espécie dentre os cetáceos, são as redes de emalhar de uso desregulado. Preservar as vaquitas se tornou um grande desafio, devido ao número reduzido de espécimes.

9. Rinoceronte-de-java

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Imagem: Maximilian Pawlikowsky/Shutterstock.com

O rinoceronte-de-java (Rhinoceros sondaicus) é um rinoceronte indonésio que existe apenas na reserva natural na ilha de Java. A espécie já foi extinta em seu habitat original, e a reserva é ocupada pelo número máximo de animais que consegue suportar. Atualmente, a estimativa acerca do número de adultos capazes de reproduzir é de 18.

A maior ameaça ao rinoceronte de Java é a caça furtiva, que ocorre em busca do seu chifre para revenda e uso na medicina tradicional asiática.

8. Lobo-vermelho

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Imagem: Mruizseda/Shutterstock

O lobo-vermelho (Canis rufus) é o único animal norte-americano na lista dos animais mais raros do mundo, mas também uma das espécies mais ameaçadas. De fato, a espécie foi extinta na natureza em 1980, mas foi reintroduzida na região leste da Carolina do Norte pelo governo estadunidense em 1987.

A iniciativa obteve sucesso, e 150 animais se estabeleceram na região. Devido a problemas com proprietários de terras e ao cruzamento com coiotes, o governo teve que reduzir o programa. Atualmente, a região de reserva só consegue sustentar até 30 membros adultos.

7. Rinoceronte-de-sumatra

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Imagem: ylq/Shutterstock

O rinoceronte-de-sumatra (Dicerorhinus sumatrensis) é uma das espécies em maior risco de extinção dentre as populações de grandes mamíferos na Indonésia. Nos últimos 30 anos, sua população se reduziu a mais de 80%, devido a perda de habitat e caça furtiva. Estima-se que apenas 30 adultos ainda vivam pela região.

6. Urso-de-Gobi

O urso-de-Gobi (Ursus arctos gobiensis) é uma subespécie do urso pardo que existe no deserto de Gobi, na Mongólia. Há menos de 40 ursos-de-Gobi na natureza, que é uma espécie persistente, conseguindo sobreviver numa região com baixa precipitação anual.

A perda de habitat devido a mineração devastou as pastagens da Mongólia, o que acabou por ter um impacto significativo em todas as espécies vivendo na região. Esforços de conservação tiveram início, e os pesquisadores selecionaram 20 adultos para monitorar a população remanescente na área.

5. Saola

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O saola (Pseudoryx nghetinhensis) é um parente próximo do gado, sendo um bovino, embora sua aparência lembre a de um cervo. Às vezes eles são chamados de “unicórnios asiáticos” devido à sua escassez, e pelo comportamento sutil e misterioso que possuem.

O saola só foi descoberto em 1992, e a perda de habitat, junto à caça furtiva, reduziram as chances da espécie. As estimativas apontam que há entre 25-750 adultos na natureza, pois é difícil registrar as espécimes, que vivem no Vietnã e Laos.

4. Addax

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Imagem: Damian Lugowski/Shutterstock

O addax (Addax nasomaculatus) é um antílope que já habitou pelos desertos da África. Hoje, ele se encontra apenas numa região da Nigéria. Há milhares deles vivendo em cativeiro em diversas reservas ao redor do mundo, mas apenas entre 30-90 adultos ainda vivem na natureza.

3. Leopardo-de-amur

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Imagem: Dmitri Gomon/Shutterstock

O leopardo-de-amur habita na região Amur da Rússia e China. Ele é caçado quase exclusivamente devido a sua pele, e sua população cresceu de uma estimativa de 14 adultos em 2005 para cerca de 84 hoje. O estabelecimento de uma reserva na região ao extremo leste da Rússia permitiu uma recuperação da espécie, mas a falta de presas vai impedir o seu retorno à disseminação original.

2. Crocodilo-filipino

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Imagem: Peter Wey/Shutterstock

O crocodilo-filipino (Crocodylus mindorensis) vive espalhado pelas regiões úmidas das Ilhas Filipinas, com cerca de 92-137 membros.

Esse crocodilo tem uma estatura menor que seus parentes, com o maior dos espécimes capturados tendo menos que 2.7m. Eles se alimentam principalmente de peixes, porcos, cães e aves marinhas.

1. Kakapo

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Imagem: heather_p/Shutterstock

O kakapo é um papagaio noturno e que não voa, nativo da Nova Zelândia, com expectativa de vida de 60 anos. Os kakapos foram devastados devido à colonização humana da ilha, com a subsequente inserção de gatos na região. Estima-se que esse papagaio já esteja extinto no alcance da sua região nativa.

Esforços de conservação e realocação do governo permitiram que a espécie voltasse a crescer. Agora, há 166 adultos espalhados em três pequenas ilhas da Nova Zelândia. A região é quase completamente protegida, e todos os adultos são monitorados por conservacionistas.

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