O menor motor do mundo consiste em apenas um pequeno átomo. Mais exatamente, um único íon de cálcio. No futuro o dispositivo que foi desenvolvido por pesquisadores irlandeses, pode ser integrado com outras tecnologias com o objectivo de reciclar o calor perdido e, assim, melhorar a eficiência energética.
Este motor, sendo um íon 40Ca+, é carregado eletricamente. É, portanto, facilmente preso por um campo elétrico. E o seu spin – o seu momento angular intrínseco – é utilizado para converter o calor dos feixes de laser, que absorve em vibrações. Estas vibrações atuam como um volante que capta a energia útil gerada pelo motor. Uma energia armazenada sob a forma de quantas.
LEIA TAMBÉM: A definição do quilograma mudou para sempre. E agora é baseada em física quântica
“O volante permite-nos medir realmente a potência de um motor à escala atômica e resolver pela primeira vez necessidades energéticas únicas”, explica Mark Mitchison, físico do Trinity College Dublin. Ao iniciar o volante a partir de seu estado fundamental, os pesquisadores observaram que o motor então o obrigava a girar cada vez mais rápido, e mais rápido…
LEIA TAMBÉM: Cientistas têm 99,9999 por cento de certeza que humanos causaram as mudanças climáticas
Isto permitirá aos físicos avaliar com precisão o processo de deposição de energia. “O gerenciamento de calor em nanoescala é um dos parâmetros essenciais para o desenvolvimento de sistemas mais rápidos e eficientes”, diz o físico. Daí a importância de compreender melhor como as leis da termodinâmica se aplicam aos objetos microscópicos.
FONTE / Trinity College Dublin