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Morcegos vampiros doentes praticam o distanciamento social

Um novo artigo publicado pela Oxford University Press, da Behavioral Ecology, explicou que morcegos vampiros selvagens, quando estão doentes, ficam distantes dos outros morcegos.

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Um novo artigo publicado pela Oxford University Press, da Behavioral Ecology, explicou que morcegos vampiros selvagens, quando estão doentes, ficam distantes dos outros morcegos.

Ou seja, esse comportamento retarda a disseminação da doença. Ainda mais, a equipe de pesquisa já tinha observado esse modo de viver em laboratório, mas agora usou o experimento de campo para confirmá-lo no habitat natural.

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À medida que um patógeno é difundido por uma população, as mudanças sociais influenciam no modo como a doença se espalha. As taxas de transmissão também variam conforme o parasita altera o comportamento do hospedeiro. Ou quando indivíduos saudáveis praticam o distanciamento do doente.

Distanciamento social induzido pela doença

Em alguns animais, os doentes podem se isolar naturalmente ou serem excluídos por seus semelhantes na colônia. Consequentemente, o que causa a diminuição da transmissão é o comportamento doentio dos animais infectados.

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Esse comportamento doentio é caracterizado por aumento da letargia e sono, além da redução da sociabilidade. Então, o distanciamento social induzido pela doença é provavelmente comum entre as espécies.

Desse modo, os pesquisadores fizeram o experimento de campo para investigar como esse comportamento influencia nos relacionamentos ao longo do tempo. Eles usaram uma rede social dinâmica a partir de dados de proximidade de alta resolução.

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O teste foi feito com 31 morcegos vampiros fêmeas adultas capturadas de um poleiro dentro de uma árvore oca em Lamanai, Belize. O grupo foi dividido em dois: houve uma simulação de morcegos “doentes” com a injeção da substância imune lipopolissacarídeo, enquanto o outro grupo de controle tomou injeções de solução salina.

Após três dias, os pesquisadores colaram sensores de proximidade nos morcegos. A partir disso, eles foram soltos na natureza e acompanhados. Assim, foram 16 morcegos “doentes” e 15 morcegos controlados em condições de saúde normais.

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Em comparação, os morcegos chamados doentes se aproximavam menos dos companheiros de grupo. Ao mesmo tempo que passavam menos tempo com os outros, os animais também socializaram menos com os saudáveis.

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Experimento de campo

Foram seis horas de observação. Em média, os morcegos “doentes” fizeram menos quatro associações do que os morcegos do outro grupo.

Outra medição retirada desse estudo foi a média de 49% de morcegos saudáveis com acesso a outros iguais e 35% de aproximação aos morcegos doentes. Durante esse período, os animais considerados doentes na pesquisa gastaram menos 25 minutos com outro parceiro.

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Porém, as diferenças foram diminuindo à medida que o período de observação havia terminado. E também quando estavam dormindo ou forrageando fora de seu poleiro.

O principal autor do estudo, Simon Ripperger, alertou que os sensores deram uma janela nova e surpreendente do comportamento social desses morcegos e de como ele se modificava de minuto a minuto. Isso durante dia e noite, até quando eles estavam escondidos na escuridão.

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Ou seja, a coleta de dados permitiu saber o que acontece todo o tempo com os morcegos vampiros. O comportamento medido em laboratório foi confirmado em natureza.

Pesquisa publicada pela Oxford University Press.

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