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Planeta Terra

Mais de 1.400 golfinhos mortos a facadas na Dinamarca, em apenas um dia

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No último domingo, dia 12, as praias das Ilhas Faroé – na Dinamarca – receberam as carcaças de 1428 golfinhos mortos a facadas em uma prática tradicional dos habitantes da região.

Aviso: este texto contém imagens e descrições que podem ser chocantes e violentas.

Legalmente, as comunidades locais das Ilhas Faroé podem receber autorizações do Estado para caçarem bandos de golfinhos quando há um avistamento. A prática geralmente acontece anualmente e em 2020, por exemplo, 35 golfinhos foram abatidos da mesma forma.

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Contudo, a comunidade baleeira da Dinamarca – que também abate baleias-piloto de forma similar – agora sofre com protestos de centenas de organizações ao redor do mundo, incluindo a ONG de conservação marinha Sea Shepherd. De acordo com a organização, o massacre foi um ato “brutal e mal manejado”.

No Twitter, a Sea Shepherd ressalta que os mais de 1400 golfinhos foram perseguidos por barcos e jet-skis por mais de 45 km antes de serem todos abatidos em águas rasas.

Mesmo diversas comunidades baleeiras do país ficaram chocadas com o ato, e diversas organizações argumentam que este pode ser o maior massacre de cetáceos já registrado na história. Certamente, este é o maior recorde da matança das Ilhas Faroé. Em 1940, por exemplo, baleeiros mataram 1.200 golfinhos em apenas um dia. Em 1879, foram 900 animais.

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As comunidades baleeiras afirmam que a prática de caça destes cetáceos é feita de forma humana e sustentável. De acordo com o presidente da Associação dos Baleeiros das Ilhas Faroé, Olavur Sjurdarberg, em entrevista à BBC, a prática é “humana” se feita da forma correta. Segundo o presidente, uma baleia leva em torno de 1 segundo para morrer com as facadas que cortam sua medula espinhal.

Repercussão e possíveis consequências pelos golfinhos mortos

Ainda que a prática esteja dentro da lei dinamarquesa, Sjurdarberg (que não participou da caça) admite que o que aconteceu no último domingo foi um “grande erro”. Ele afirma também que o festival é “legal, mas não popular”.

“Alguém deveria ter imaginado”, ele continua. “A maioria das pessoas está em choque pelo que aconteceu.” De acordo com autoridades, ademais, os caçadores estimaram inicialmente que o grupo tinha apenas 200 golfinhos. Contudo a matança continuou até que acabassem todos os golfinhos mortos.

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A caçada, chamada de the grind ou Grindadrap acontece mediante a uma liberação das autoridades das ilhas, apenas concedendo autorização a caçadores licenciados. No dia 12, 500 caçadores participaram do evento, com mais de 50 barcos.

A Sea Shepherd afirma, também à BBC, que o costume pode facilmente perder as rédeas e virar um massacre descontrolado, como visto agora. Ainda a ONG afirma que diversos caçadores não-licenciados participaram também do massacre.

Uma pesquisa subsequente feita esta semana com cidadãos dinamarqueses mostrou que mais de 50% das pessoas são contra a prática no país, enquanto pouco mais de 30% são a favor. Todavia, mais de 80% da população é a favor da caça das baleias-piloto.

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Essa espécie de golfinho, vale ressaltar, é a Lagenorhynchus obliquidens, ou golfinho-de-faces-brancas. Os animais não estão ameaçados de extinção, de acordo com a classificação oficial. Ainda assim, autoridades em conservação consideram a matança bárbara e desnecessária.

Ainda vale lembrar que golfinhos são animais sociais e, durante o evento, o grupo precisou presenciar seus familiares sendo abatidos, um a um, na areia ou nas águas rasas, antes de terem seus pescoços cortados.

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