Revelado o maior risco para saúde humana, segundo estudo

Erik Behenck
Foto: shan @ seefromthesky / Unsplash

Se você acha que o maior risco para a saúde humana é a pandemia de COVID-19, está enganado. Não que este problema global seja algo pequeno, nada disso. É que a poluição do ar reduz a expectativa de vida de homens e mulheres no planeta inteiro, em quase 2 anos, conforme dados divulgados recentemente.

Qual é o maior risco para a saúde humana?

Conforme o Índice de Qualidade de Vida no Ar (AQLI), a queima de combustíveis fósseis traz péssimos efeitos para a saúde humana. Por mais que a poluição tenha diminuído na China, o nível geral de poluição permaneceu bastante estável nas últimas duas décadas.

O problema é extremamente grave em países como Índia e Bangladesh, onde a poluição reduz a expectativa média de vida em quase uma década. Segundo os autores dessa pesquisa, o maior risco para a saúde humana é a poluição, pior até mesmo do que o COVID-19.

“Embora a ameaça do coronavírus seja grave e mereça toda a atenção que está recebendo, abraçar a gravidade da poluição do ar com um vigor semelhante permitiria que bilhões de pessoas levassem vidas mais longas e saudáveis”, disse Michael Greenstone, criador da AQLI.

Praticamente 25% da população mundial vive em quatro dos países mais poluídos do mundo: Bangladesh, Índia, Nepal e Paquistão. Conforme dados da AQLI, essas pessoas tendem a viver 5 anos a menos, já que são expostas a um nível de poluição 44% maior do que 20 anos atrás.

Quatro países concentram o foco da poluição

No sudeste da Ásia é comum que incêndios florestais e agrícolas combinem com o tráfego e a fumaça das usinas, criando um ar tóxico. Além disso, aproximadamente 89% dos 650 milhões de habitantes da região moram em áreas onde a poluição do ar ultrapassa os limites indicados pela Organização Mundial da Saúde.

O maior risco para a saúde humana realmente parece ser a poluição. Estados Unidos, Japão e a Europa já conseguiram diminuir os níveis e melhorar a qualidade do ar, ainda assim, a expectativa de vida nestas regiões é de 2 anos a menos do que a média mundial.

A pesquisa indicou ainda que em Bangladesh a qualidade do ar é a pior do planeta. Dessa forma, 250 milhões de pessoas que vivem na região norte da Índia tendem a perder 8 anos de vida. Para Greenstone somente políticas públicas robustas podem mudar essa situação.

A pesquisa foi publicada no site do AQLI.

Com informações de Science Alert.

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