Para muitos motoristas, a música é uma aliada indiscutível. E ainda assim, enquanto os motoristas mais jovens dizem que ela os ajuda a garantir sua concentração ao volante, ainda há dúvidas científicas sobre se isso é realmente verdade.
Para muitos de nós, a música tornou-se uma companheira indispensável sempre que estamos na estrada. Não há nada melhor para superar a monotonia de uma longa jornada do que dar play no seu álbum preferido. Pesquisas israelenses recentes realizadas em 140 indivíduos de 18 a 29 anos indicam que 97% deles escutam música no carro. Mas nossas pistas favoritas têm realmente um impacto positivo em nossa condução?
Segundo o estudo, publicado na revista Psychomusicology: Music, Mind and Brain, 80% dos participantes não achariam difícil, mas quase impossível, concentrar-se na estrada sem música. Mesmo chegando ao local pretendido, a maioria dos indivíduos permanecem em seus carros até o final da música. “Para jovens motoristas de 18 a 29 anos, a música no carro não é apenas entretenimento, é parte de sua auto-imagem, estejam eles sozinhos ou não”, disse Warren Brodsky, diretor do Laboratório de Ciências Musicais da Universidade Ben Gurion, em Negev, Israel.
Apesar dos dados mostrarem que os jovens precisam de música para melhor se concentrar quando estão dirigindo, Warren faz um alerta.
“Eles estão tão acostumados a serem constantemente estimulados e a absorver grandes quantidades de informação ao longo do dia que não se perguntam como o tipo de música que tocam pode afetar sua concentração, induzir comportamentos agressivos ou levá-los a situações de risco mal calculadas”, disse ele.
“Isto pode se tornar um problema maior no futuro, quando será essencial se desprender da música e assumir o controle de um veículo autônomo”, completa.
A influência da música nas capacidades dos jovens motoristas ainda é incerta, e são necessárias mais pesquisas para estimar com precisão os riscos envolvidos.
