Vulcões

Dominic Albuquerque
Imagem: Jordan Corrales

Os vulcões terrestres são aberturas ou fissuras na crosta do planeta, pela qual lava, rocha, cinzas e gases são expelidos. Eles também se formam através do acúmulo desses produtos eruptivos.  

Os vulcões existem há muito tempo no planeta, tendo causado desastres como a extinção em massa do Permiano, a maior já sofrida na história da Terra, responsável por dizimar cerca de 90% da vida marinha e 75% das espécies terrestres, segundo Seth D. Burgess e Samuel A. Bowring, num artigo publicado na Science Advances.

Uma das erupções vulcânicas mais famosas da história foi a do Monte Vesúvio, ocorrida em 79 AEC, que devastou a cidade de Pompeia com cinzas vulcânicas, soterrando muitos dos seus habitantes ao ponto do local se tornar de grande importância arqueológica desde então.  

A crosta terrestre tem de 5 a 60 quilômetros de espessura, segundo o U.S. Geological Survey. Ela divide-se em 7 maiores e 152 menores partes chamadas de placas tectônicas, a mais larga delas sendo a Placa do Pacífico, com 103 milhões de quilômetros quadrados em área.

Essas placas flutuam sobre uma camada de lava — rocha semilíquida e gases dissolvidos. Nas bordas dessas placas — onde elas deslizam contra a outra, são empurradas para baixo ou se distanciam – o magma, que é mais leve que a rocha sólida ao redor, frequentemente é forçado para cima através das fissuras e rachaduras. Ele pode explodir através da abertura, ou fluir para fora do vulcão como num copo transbordando. O magma, quando entra em erupção, passa a ser chamado de lava.

Tipos de vulcões

vulcões
Imagem: Pexels

Cones de cinzas

Os cones de cinzas são o tipo mais comum de vulcão, segundo a San Diego State University. Eles possuem uma forma simétrica de cone, que é a que estamos acostumados a pensar quando a palavra “vulcão” vem a mente. Os cones de cinzas podem existir como vulcões separados ou secundários, quando encontram-se ao lado de um estratovulcão ou vulcão em escudo. Fragmentos de lava expelidos pelo ar (tefra) são ejetados através de uma única abertura.

A lava resfria rapidamente e cai como cinzas que se acumulam ao redor da abertura, formando uma cratera no cume. Cones de cinzas são razoavelmente pequenos, geralmente de 91 a 366 metros. Eles podem se formar em curtos períodos, de meses a anos.

Estratovulcões

Estratovulcões também são chamados de vulcões compostos, pois são formados por camadas alternadas de lava, cinzas e blocos de rocha não derretida. São maiores que os conzes de cinzas, crescendo até quase 2500m. Estratovulcões resultam de um sistema de condutos de aberturas originados dos reservatórios de lava abaixo da superfície. Quando dormentes, tipicamente possuem lados côncavos íngremes que se juntam no topo em torno de uma cratera relativamente pequena.

Os estratovulcões podem desencadear erupções violentas. A pressão cresce nas câmaras de magma até que os gases, que ficam sob imensa pressão e calor, são dissolvidos na rocha líquida. Quando o magma alcança os condutos, a pressão é liberada e os gases explodem. Por formarem um sistema de condutos subterrâneo, estratovulcões podem explodir tanto nos lados do conte como na cratera do cume.

Vulcões em escudo

Vulcões em escudo são enormes e levemente inclinados, feitos de lava com baixa viscosidade, que se espalha para todas as direções após sair de uma abertura central. Eles possuem bases largas de vários quilômetros, com declives médios mais íngremes e um cume mais plano. As encostas convexas dão um contorno como o escudo de um cavaleiro medieval. Suas erupções não costumam ser explosivas, funcionando como um líquido transbordando pelas bordas de um recipiente.

Domos de lava

Os domos de lava (ou domos vulcânicos) são formados quando a lava é muito viscosa para fluir e uma espécie de bolha ou tampão de rocha resfriada se forma sobre uma fissura. Essa lava mais espessa e fria normalmente surge próximo ao fim de uma explosão eruptiva, e os domos de lava costumam se formar dentro das crateras dos estratovulcões. A lava deixa de fluir, formando uma cúpula sobre a abertura. Segundo a NASA, o Monte Santa Helena tem vários domos de lava bem definidos dentro de sua cratera.

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