Placas tectônicas

A teoria das placas tectônicas é um conceito importante na compreensão dos fenômenos geológicos da Terra. Ela oferece uma explicação sobre como os continentes e oceanos se movem e interagem ao longo do tempo.

Elisson Amboni
Imagem/Reprodução: National Geographic

As placas tectônicas são uma teoria geológica que oferece uma explicação abrangente sobre o funcionamento do nosso planeta. Esta teoria baseia-se na ideia de que a litosfera terrestre é dividida em várias placas, que se movem e interagem entre si ao longo do tempo. Essas placas podem ser continentais ou oceânicas.

A principal força motriz por trás do movimento das placas tectônicas é a convecção do manto. O manto, que é composto por rochas quentes e semissólidas, movimenta-se lentamente como resultado do aquecimento e resfriamento do material. Este processo dá origem à convecção, que por sua vez, empurra e puxa as placas tectônicas à medida que elas se movem pelo planeta.

Existem três principais tipos de interação entre placas tectônicas: divergentes, convergentes e transformantes.

  • Divergentes: ocorrem quando duas placas se afastam uma da outra, criando novas áreas de crosta terrestre. Isso ocorre principalmente no fundo dos oceanos.
  • Convergentes: ocorrem quando duas placas se movem em direção uma à outra, resultando na colisão ou subducção, onde uma placa desliza sob a outra, retornando para o manto e sendo reciclada no processo.
  • Transformantes: ocorrem quando duas placas deslizam horizontalmente uma em relação à outra ao longo de uma falha transformante.

As interações entre as placas tectônicas têm um grande impacto na formação e evolução da crosta terrestre. Muitas das principais características geológicas, como montanhas, vulcões e terremotos, podem ser explicadas através da dinâmica das placas tectônicas. Além disso, esta teoria tem implicações importantes na compreensão da evolução das espécies e dos ecossistemas, bem como na distribuição de recursos naturais como minerais e petróleo.

três principais tipos de interação entre placas tectônicas: divergentes, convergentes e transformantes.
Imagem: Shutterstock

O movimento das placas tectônicas

Expansão do assoalho oceânico

A expansão do assoalho oceânico é um processo fundamental nas placas tectônicas. As placas tectônicas separadas no fundo do oceano se movem para longe uma da outra conforme o magma sobe do manto e se solidifica, formando nova crosta oceânica. Esse fenômeno acontece principalmente nas dorsais meso-oceânicas, onde há uma separação entre duas placas tectônicas. O movimento é impulsionado pelas correntes de convecção no manto e contribui para a renovação constante do assoalho oceânico.

Zona de subducção

A subducção é outro tipo de movimento das placas tectônicas e ocorre quando uma placa litosférica afunda sob outra placa na zona de subducção. Este processo é responsável pela formação de áreas geologicamente complexas, como cadeias montanhosas, zonas vulcânicas e trincheiras oceânicas. A subducção geralmente ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, com a placa oceânica, que é mais densa, afundando sob a placa continental mais leve.

No decorrer do processo de subducção, o material da placa oceânica é submetido a altas pressões e temperaturas, resultando na transformação dos minerais e na liberação de água e gases, como o dióxido de carbono. Essa liberação de água e gases pode diminuir a pressão do manto e aumentar seu potencial de fusão, o que pode gerar vulcões na superfície acima da zona de subducção.

Impactos das placas tectônicas

As placas tectônicas são responsáveis por diversos fenômenos geológicos, como a formação de cadeias montanhosas, vulcões e terremotos. Elas se movem devido à convecção no manto, resultando em diversos efeitos à superfície terrestre.

Um exemplo de processo geológico associado às placas tectônicas é a formação de dobramentos e falhas em regiões onde as placas se encontram em colisão. Nesses locais, as rochas são submetidas a tensões que causam sua deformação e eventual fratura.

Outro exemplo são os vulcões e terremotos em regiões de subducção, onde uma placa desliza sob a outra, gerando instabilidades no manto e liberação de energia na forma de atividade sísmica e vulcânica.

Outro efeito significativo da movimentação das placas tectônicas é o clima regional e global. A formação de cadeias montanhosas, por exemplo, influencia a distribuição de chuva e ventos, favorecendo a formação de desertos em áreas protegidas pelas montanhas, como no Deserto do Atacama.

Não menos importante, as placas tectônicas também desempenha um papel na distribuição de continentes e oceanos, afetando a circulação oceânica e, consequentemente, o transporte de calor entre os polos e o equador. Essas alterações na circulação podem resultar em mudanças climáticas de grande escala ao longo do tempo geológico, como o surgimento e o desaparecimento de calotas polares e épocas glaciais.

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