Ainda existem poucas informações sobre como se formaram as placas tectônicas da Terra, embora as possibilidades sejam imensas. Agora, uma nova teoria indica o que pode ter levado a isso. A hipótese foi sugerida por pesquisadores da China, Hong Kong e dos Estados Unidos, parecida com uma ideia descartada há décadas.
Aquela história de que na ciência nada é eterno e revisões podem mostrar um novo caminho parece combinar muito bem com isso. Não existe um consenso quanto ao tempo de formação, mas tudo indica que elas se movimentam há pelo menos 3,3 bilhões de anos.
Como se formaram as placas tectônicas?
Anos atrás foi desenvolvido um modelo que indicava que as placas tectônicas se formaram em um processo parecido com o atual que garante as movimentações. Assim, o modelo indicava que partes da crosta terrestre mergulhava abaixo das placas, iniciando uma reação em cadeia. Então, isso teria durado milhares de anos.
A nova pesquisa mostra algo bem diferente dessa primeira possibilidade. A equipe de pesquisa sugeriu que bilhões de anos no passado a Terra ficou quente, causando uma expansão em seu tamanho, gerando uma fratura, se transformando após diversos choques e que hoje é conhecida por placas tectônicas.
A hipótese que trata sobre a expansão da Terra não é uma novidade. No século XIX, essa ideia foi exposta para explicar o surgimento de montanhas, mas logo acabou descartada, devido a descoberta das placas tectônicas.
“A resposta está na consideração dos principais mecanismos de perda de calor que poderiam ter ocorrido durante os primeiros períodos da Terra”, disse o cientista planetário da Universidade de Hong Kong, Alexander Webb.
E como aconteceu a perda de calor?
Os pesquisadores não conseguem determinar qual foi o modo que gerou a perda de calor. Pode ter sido no planeta inteiro durante um logo período ou então por meio de vulcões expelindo lava de dentro do planeta para a sua superfície.
O acúmulo de material resfriado poderia afundar e esfriar a litosfera, desacelerando o calor nos vulcões e proporcionando um resfriamento em todo o planeta. Mas, isso teria deixado o calor aprisionado no planeta, que expandiu a crosta, fazendo com que ela rachasse e finalmente gerasse as placas tectônicas.
“Nossas experiências numéricas mostram que as fissuras poligonais podem se desenvolver na superfície da Terra em resposta a processos litosféricos rasos, com junções triplas como subprodutos da fratura”, escreve a equipe em seu artigo.
Ainda é difícil afirmar o que aconteceu com a Terra há milhões de anos, levando a formação das placas tectônicas. Mas, essa hipótese pode ganhar força e surgirem novas evidências, tendo uma papel importante para conhecermos o passado distante.
A pesquisa foi publicada na Nature Communications. Com informações de ScienceAlert.