A cientista Marie Curie — a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel, e pioneira no estudo da radioatividade — foi a mulher mais influente da história, de acordo com uma pesquisa internacional.
Nascida na Polônia, Curie foi a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel, um em Física em 1903, e um de Química, em 1911. Ela também estudou os raios-X e foi uma das pessoas que descobriram a radioatividade.
A radiação ainda é usada hoje em pequenas doses como parte do tratamento para alguns tipos de câncer.
Os leitores da revista BBC History classificaram Curie no topo de uma lista de 100 mulheres que mudaram o mundo.
A combatente pelos direitos civis americanos, Rosa Parks, que protestou contra o tratamento precário dos negros, foi o número dois na lista.
As mulheres cientistas figuram no topo da lista, com a primeira programadora de computadores Ada Lovelace em quarto lugar, e a química Rosalind Franklin – que trabalhou para entender o DNA — em quinto lugar.
A revista pediu a especialistas em 10 diferentes áreas de conhecimento para escolher 10 mulheres que acreditam ter o maior impacto. Eles então criaram a lista de 100 mulheres para os leitores escolherem.
Marie Curie nasceu Manya Sklodowska em Varsóvia, na Polônia, em 1867 e mais tarde mudou seu nome. Ela trabalhou com o marido cientista Pierre Curie. Juntos, eles descobriram os elementos polônio (uma homenagem ao seu país de origem, Polônia) e rádio e receberam o prêmio Nobel de Física em 1903.
No mesmo ano, ela se tornou a primeira mulher na França a se tornar médica em física por seu trabalho com radiação. Professores que estudaram sua pesquisa declararam que é a maior contribuição única para a ciência já escrita.
Curie foi a primeira mulher a ganhar o prêmio de física e a primeira professora da Universidade de Paris.
Quando ela recebeu o prêmio Nobel de Química em 1911, ela foi a primeira pessoa a ganhar o prêmio em duas áreas diferentes de estudo.
Seu sucesso na vida adulta veio após uma infância difícil na Polônia. Na época, o país era governado pela Rússia e era contra a lei falar polonês e as meninas irem para a escola.
Seus pais, que eram ambos professores, mandaram-na para uma escola secreta que era chamada de Universidade Flutuante, porque tinha que continuar se movendo para que os russos não a encontrassem. Mais tarde, ela pagou para que sua irmã fosse à escola e secretamente ensinou as crianças pobres a ler, porque ela acreditava que todas as crianças tinham direito à educação.
Ela economizou dinheiro suficiente para comprar uma passagem de trem para Paris quando tinha 24 anos. Lá, ela estudou muito, mas não tinha muito dinheiro. Ela trabalhava como faxineira em laboratórios de ciência e várias vezes desmaiou devido a fraqueza porque não tinha dinheiro suficiente para comida.
Durante a Primeira Guerra Mundial, ela fez máquinas de raio-X que podiam ser colocadas na traseira de caminhões, e depois levaram os caminhões até onde os soldados feridos estavam, para que os ferimentos pudessem ser radiografados.
Seu trabalho com substâncias radioativas afetou sua saúde e sua morte em 1934 foi causada por sua exposição à radiação.
Confira a lista completa aqui.
Esta história foi publicada originalmente em Mistérios do Universo. Você pode lê-la aqui.