Brinquedo sexual do século 18 foi desenterrado em uma latrina polonesa

Amanda dos Santos
O brinquedo sexual do século 18 desenterrado na latrina polonesa. Crédito: Escritório Regional de Proteção de Monumentos.

Arqueólogos fizeram uma descoberta inesperada ao escavar uma latrina antiga, na cidade báltica de Gdansk, Polônia. Assim, eles desenterraram um brinquedo sexual de 250 anos.

Como resultado, a construção do objeto e o local em que foi encontrado sugerem que o artefato em forma de falo foi utilizado para prazer pessoal, não para rituais religiosos.

O Escritório Regional para a Proteção de Monumentos em Gdansk informou em um comunicado de imprensa que o objeto foi preservado em excelentes condições. Ainda mais, o Discovery News relatou que a relíquia data da segunda metade de 1700.

Dessa forma, ele mede 20 centímetros de comprimento e era feito de couro. Ao mesmo tempo, cheio de cerdas e confeccionado com a ponta de madeira.

O achado foi em uma Escola de Esgrima

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O brinquedo sexual de 250 anos foi encontrado por arqueólogos durante uma escavação em um banheiro antigo na Polônia. (Imagem: Escritório Regional de Proteção de Monumentos)

Segundo o MailOnline, a descoberta foi realizada na latrina de uma antiga escola de esgrima. As descobertas anteriores incluíam várias espadas de madeira usadas em treinamento.

Na escavação de 2015, os pesquisadores também acharam fragmentos de cerâmica e joias.

A partir daí, a especulação girou em torno do porquê o objeto fálico estava na latrina. Assim, Marcin Tyminski, porta-voz do Escritório Regional para a Proteção de Monumentos, disse que ninguém sabe se o brinquedo sexual foi derrubado por acidente ou de propósito.

Seguramente, era caro. Após a limpeza, os pesquisadores observaram que era feito de couro com alta qualidade, disse Tyminski. Essa descoberta é incrível para a história do erotismo e para quem pesquisa sobre o assunto, acrescentou.

Logo, saiba qual é o mais antigo artefato conhecido que representa um falo.

Representações físicas do falo

Constituições físicas do falo existem há milhares de anos. Porém, o mais antigo artefato recuperado com a mesma forma é da época paleolítica, feito de siltito e polido em alto brilho.

O objeto fálico foi encontrado na famosa caverna Hohle Fels perto de Ulm, na Alemanha e datado com aproximadamente 28.000 anos de idade.

falo de siltito
O falo de siltito de 28.000 anos encontrado na caverna Hohle Fels. Crédito: J. Liptak

Por consequência, a intensidade do debate aumenta sobre se o objeto fálico era utilizado em rituais religiosos ou para o prazer pessoal. O argumento de quem acredita serem usados como brinquedo sexual é a constatação do artefato estar bastante polido e ter um ‘tamanho natural’.

Até porque, há milênios existem referências históricas ao uso de acessórios sexuais. Inclusive, já se sabe que romanos e gregos, masculinos e femininos, tinham objetos fálicos para o prazer.

Por exemplo, na famosa coleção de contos populares, “Mil e uma noites árabes”, os consolos são mencionados como sendo feitos de ouro, prata ou marfim esculpido.

Possivelmente, os gregos foram os pioneiros no uso do couro ou intestino de animal para cobrir um pênis entalhado, com o objetivo de dar um toque mais natural.

Ao mesmo tempo, os objetos fálicos não eram usados somente para o prazer sexual. O médico Hipócrates acreditava que a histeria era uma condição causada pela falta de “paroxismo histérico” (orgasmo). Então, as mulheres eram instruídas a utilizar ‘olisbos’ – brinquedos sexuais de pedra ou madeira – para a prevenção do início da histeria.

Essa crença se perpetuou até o começo do século 20.

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