O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que metade dos trabalhadores brasileiros tem, em média, a renda mensal 19,5% abaixo do salário mínimo. Isso é possível pelo número de pessoas trabalhando de maneira informal ou por conta própria. Também de acordo com o IBGE, o 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebia em 2017 R$ 27.213, em média, ou 36,1 vezes mais do que a metade com os menores rendimentos (R$ 754). O salário mínimo em 2017 era de R$ 937.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) – Rendimento de todas as fontes em 2017, divulgada no último dia 11 de abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As pessoas com rendimento de todos os trabalhos correspondiam a 41,9% da população residente no país (86,8 milhões) em 2017, enquanto 24,1% (50 milhões) tinham algum rendimento de outras fontes, como aposentadorias e pensões.
Concentração de renda
10% dos brasileiros concentram 43,3% de toda a renda média mensal do país. Enquanto isso, os 10% na faixa de menor renda concentram apenas 0,7% da renda média mensal. Ao todo, a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita foi de R$ 263,1 bilhões.
Rendimento médio domiciliar per capita
A média da renda domiciliar per capita foi de R$ 1.271 por mês em 2017. No ano anterior, a média era de R$ 1.285. As regiões Norte (R$ 810) e Nordeste (R$ 808) apresentaram os menores valores e a Região Sul, o maior (R$ 1.567).
O índice de Gini, que varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima), do rendimento mensal real domiciliar per capita no Brasil foi de 0,549, o mesmo registrado em 2016.
Conteúdo originalmente publicado por Caio Lencione no site Observatório 3° Setor.