Desenvolvimento cognitivo, estímulo à criatividade, redução do estresse, melhoria da capacidade de concentração, da escrita e da síntese de ideias, ampliação do vocabulário, e o mais evidente de todos: aumento do conhecimento, são alguns dos principais benefícios que o hábito de ler oferece, segundo a Ciência. Não importa se trata-se de uma criança que está aprendendo a ler ou um adulto que consome literatura, as palavras, certamente, têm poder.
Nesse sentido, a tecnologia tem facilitado e inovado o acesso aos livros por meio de dispositivos, como os leitores digitais. Os audiolivros também têm ganhado muitos adeptos nos últimos anos, mas eles contam como leitura? Especialistas dizem que sim!
Ouvir um audiolivro é o mesmo que ler?
A diferença entre ouvir um audiolivro e ler um livro com centenas de páginas é mínima e, na verdade, não tão importante assim. Isso porque o cérebro humano funciona mais ou menos do mesmo jeito ao processar um áudio e processar palavras.
Desse modo, os especialistas afirmam que os audiolivros não apenas contam como leitura, mas podem ser essenciais para quem está ouvindo, no sentido de aquisição de informações e compreensão. Eles podem até influenciar os sonhos.
Audiolivro é somente um livro falado?
Em vez de lerem o texto de um livro impresso, os ouvintes podem simplesmente ouvir a narração de um ator de voz profissional ou do próprio autor, permitindo que absorvam a história ou as informações enquanto realizam outras atividades, como dirigir, fazer exercícios ou simplesmente relaxar.
Os audiolivros são uma opção popular para pessoas que desejam absorver o conteúdo literário de uma forma mais conveniente ou para pessoas com deficiências visuais.
Nesse contexto, em termos simples, um audiolivro é essencialmente um livro que é narrado em formato de áudio. No entanto, os audiolivros modernos podem incluir elementos adicionais, como efeitos sonoros, música de fundo ou até mesmo múltiplos narradores.
Ciência por trás dos audiolivros
O que torna os audiolivros tão interessantes, além da conveniência, é poder adquirir experiências múltiplas literárias de forma a corroborar com o estilo de vida moderno.
Contudo, a Ciência também demonstra que a vivência do audiolivro pode ser muito enriquecedora, ainda que não seja um modelo apreciado pelos mais clássicos. De acordo com a psicóloga relacional Mairead Molloy, “Mesmo que a informação seja processada de forma diferente pelo nosso cérebro, a diferença geral entre ler e ouvir em termos de compreensão é insignificante.”
“Durante a leitura, o lobo frontal esquerdo do cérebro é ativado para compreender letras e palavras. O lobo temporal anterior analisa então o fluxo das palavras e seu tempo verbal. Por último, o sistema límbico ativa emoções para aceitarmos e retermos informações”, acrescenta Molloy que os audiolivros podem ajudar o cérebro a ativar mais imagens do que a palavra escrita, mas há vantagens em ambos.
Compreensão e vocabulário
Molloy explica que “Nossos cérebros podem realmente ser capazes de criar mais imagens em torno de uma história quando a ouvimos. Os centros de processamento visual em nosso cérebro estão trabalhando para absorver a palavra escrita enquanto lemos, o que deixa menos espaço para imagens.”
“Ouvir novas palavras – independentemente ou em combinação com a leitura delas – pode ajudar significativamente na compreensão e no vocabulário, especialmente para crianças e alunos de uma segunda língua […] Eles também ajudam a estimular o processo auditivo no cérebro que mantém as informações que vêm do ouvido para essas áreas específicas do cérebro. Esse processo de escuta ativa ajuda a analisar as informações e armazená-las em nossa memória”, acrescenta a psicóloga.
O assistente social e psicoterapeuta, Chase Cassin, também acredita que os audiolivros são ferramentas interessantes. “Para leitores com diagnóstico de ansiedade e depressão, ouvir um audiolivro pode ser um mecanismo de enfrentamento positivo”, afirma Cassin.