Astrônomos vão monitorar objeto interestelar misterioso em busca de tecnologia alienígena

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Cientistas vão monitorar asteroide em busca de alguma transmissão. Imagem: ESO/M. Kornmesser/PA

Astrônomos devem usar um dos maiores telescópios do mundo para verificar um objeto misterioso que ganha velocidade pedo sistema solar para detectar sinais de tecnologia alienígena.

O telescópio do Green Bank, em West Virginia, vai ouvir os sinais de rádio que estão sendo transmitidos dum objeto em forma de charuto que foi detectado pela primeira vez, no sistema solar, em outubro. O corpo chegou do espaço interestelar e alcançou um pico de velocidade de 196.000 mph enquanto passava pelo sol.

Os cientistas do projeto Breakthrough Listen, que busca evidências de civilizações alienígenas, disseram que o telescópio do Green Bank monitoraria o objeto, chamado de “Oumuamua”, a partir de quarta-feira. A primeira fase das observações deverá durar 10 horas e sintonizará quatro bandas de transmissão de rádio diferentes.

“É muito provável que seja de origem natural, mas por ser tão peculiar, gostaríamos de verificar se tem algum sinal de origem artificial, como emissões de rádio”, disse Avi Loeb, professor de astronomia na Universidade de Harvard e conselheiro do projeto Breakthrough Listen. “Se detectarmos um sinal que parece de origem artificial, saberemos imediatamente”.

O objeto interestelar, o primeiro a ser visto no sistema solar, foi inicialmente detectado por pesquisadores do telescópio Pan-Starrs, que a Universidade do Havaí usa para escanear os céus em busca de asteróides perigosos. Nomeado em alusão à palavra havaiana para “mensagem”, o corpo foi detectado enquanto ele passava pela Terra a uma distância de 85 vezes a distância da lua.

Enquanto muitos astrônomos acreditam que o objeto é um asteróide interestelar, sua forma alongada é diferente de tudo que já foi visto no cinturão de asteróides em nosso próprio sistema solar. As primeiras observações do ‘Oumuamua mostram que ele tem cerca de 400m de comprimento, mas apenas um décimo de largura. “É curioso que o primeiro objeto que vemos de fora do sistema solar pareça assim”, disse Loeb.

Fonte: The Guardian

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