Planeta Terra
Asteroide que matou os dinossauros não foi o maior

A queda do asteroide que matou os dinossauros certamente é um dos maiores acontecimentos do qual se tem notícia na história, responsável por provocar mudanças importantes no planeta Terra, incluindo a extinção de milhões de espécies de plantas e animais, bem como o colapso ecológico que transformou o clima e os oceanos.
Não à toa, a queda do asteroide marcou o fim do período Cretáceo. A cratera Chicxulub, formada pelo impacto da colisão e localizada na península de Yucatán, onde hoje é o atual México, é estudada desde 1970.
No entanto, um estudo publicado recentemente concede o título de maior evento de liberação de energia da Terra ao asteroide Vredefort, considerado duas vezes mais largo do que o asteroide que extinguiu os dinossauros.
Cratera Vredefort
A cratera Vredefort, localizada cerca de 120 quilômetros a sudoeste de Joanesburgo, atual África do Sul, tem 159 quilômetros de diâmetro; o que a faz ser a mais extensa cratera visível no planeta. Mas ela não possui apenas essa característica, a cratera Vredefort foi considerada maior do que a cratera Chicxulub.
A constatação, a priori equivocada – pois a cratera Chicxulub mede cerca de 180 quilômetros de diâmetro – só foi possível após alguns estudos na área: as crateras de impacto sofrem, ao longo dos anos, um processo de desgaste natural. Desse modo, estima-se que a cratera Vredefort tinha originalmente 250 a 280 km de diâmetro, o que a configura como a maior cratera de impacto da Terra, embora hoje seja menor do que a cratera Chicxulub.
Em pesquisas anteriores, os cientistas acreditavam que a cratera Vredefort teria 172 quilômetros de largura e que teria colidido com a Terra a uma velocidade de 53.900 km/h. Além disso, o asteroide teria cerca de 15 quilômetros de diâmetro.
Contudo, com as novas informações, as estimativas de medidas foram refeitas. De acordo com o estudo publicado no Journal of Geophysical Research: Planets, o asteroide tinha entre 20 e 25 km de diâmetro e estaria viajando entre 45.000 e 56.000 mph (72.000 e 90.000 km/h) no momento em que colidiu com o planeta.
Portanto, o estudo apresenta projeções mais precisas, podendo auxiliar no trabalho de pesquisadores com relação à construção de modelos geológicos mais condizentes com a realidade.
O impacto gerou uma enorme cicatriz, sinalizando com base no tamanho da cratera, que o asteroide possuía duas vezes a largura da rocha que causou o fim dos dinossauros.
Impactos desastrosos
Embora tenha sido descoberta apenas nos anos 70, a cratera Chicxulub foi formada cerca de 66 milhões de anos atrás; já a cratera Vredefort data de 2 bilhões de anos.
Na ocasião da queda do asteroide que dizimou os dinossauros, possuindo cerca de 12 quilômetros de largura, os impactos foram catastróficos: houve incêndios florestais, ondas com quilômetros de altura que geraram um tsunami que varreu metade do planeta, chuva ácida que durou anos, enormes quantidades de enxofre liberadas para a atmosfera.
Esse último efeito gerou o bloqueio de luz solar na Terra, ocasionando o resfriamento do clima por um longo período. Além disso, a queda do enxofre por décadas foi o que levou ao tempo exacerbado para que a vida se recuperasse, sobretudo os organismos oceânicos. Ao todo, 75% da vida no planeta foi destruída em consequência direta e indireta da colisão.
Em contrapartida, o asteroide Vredefort não causou alguns dos efeitos desastrosos citados, uma vez que na época do evento, havia apenas vida unicelular, não existindo sequer árvores.
Isso não significa, portanto, que a colisão que causou um impacto cataclísmico não tenha gerado profundas consequências: “[…] o impacto teria afetado o clima global potencialmente mais extensivamente do que o impacto de Chicxulub”, como explicou Miki Nakajima, cientista planetário da Universidade de Rochester, coautor da pesquisa.


Aproveite nossas ofertas imperdíveis
Garimpamos as promoções mais quentes da internet para você economizar no que realmente vale a pena.
VER OFERTAS