Durante o período medieval, as guerras e conflitos não contavam com as armas de fogo que viriam a fomentar o caos alguns séculos mais tarde. Mas ainda assim, arqueiros ingleses eram muito temidos naquela época e se mostraram decisivos durante a Guerra dos Cem Anos. Agora que o estudo de um crânio datado do século XIV mostrou o poder absoluto dos arcos medievais, mostra por que estes arqueiros eram tão temidos.
O professor Oliver Creighton liderou um estudo que analisou o crânio de um guerreiro medieval que teve o cérebro atravessado por uma flecha. O objeto pontiagudo atravessou o olho direito da pessoa e deixou uma grande ferida de entrada e de saída, um dano muito semelhante ao infligido pela explosão de um arma.
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Segundo os pesquisadores, o dano infligido pelo arco foi tão grave quanto os ferimentos causados por submetralhadoras e balas de ponta oca.
Os arcos medievais eram poderosos graças a uma flecha especial
Segundo o estudo, a flecha que causou a ferida enorme ferida provavelmente um bodkin. Ela tinha uma ponta quadrada ou em forma de losango e era facilmente capaz de penetrar armaduras revestidas. O ferimento sugere que a ponta da flecha atravessou a cabeça da vítima, mas o eixo permaneceu fixo no crânio e, quando foi extraído, causou ainda mais.
Uma tíbia encontrada no local do enterro mostrou que uma flecha de um arco longo podia penetrar na carne e ir direto para o osso.
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Devido a forma ardilosa como eram fabricadas as pontas destas flechas longas, elas garantiam tanto a precisão quando um grande poder de impacto.
Uma arma altamente eficaz
O estudo confirma a descrição do arco longo pelas crônicas medievais, como uma arma temível e altamente eficaz.
“Esses resultados têm implicações profundas na nossa compreensão do poder do arco medieval; pela como reconhecemos o trauma das flechas no registro arqueológico. Agora, temos uma visão melhor da natureza brutal do conflito medieval.”, disse professor Creighton disse à Universidade de Exeter.
Um relatório completo sobre o estudo foi publicado no Antiquaries Journal.