Desde tempos imemoriais, os agricultores lutam contra pragas que ameaçam suas colheitas. Uma dessas pragas é o pulgão, um pequeno inseto que se alimenta da seiva das plantas e se reproduz em uma velocidade impressionante.
Os danos causados por esses afídeos incluem a redução do desenvolvimento das plantas, o encarquilhamento e o amarelecimento das folhas. Além disso, eles podem afetar uma variedade de culturas, como trigo, milho, soja e algodão.
O que são pulgões
Pulgões, também conhecidos piolhos-das-plantas, são insetos que prejudicam o crescimento saudável das plantas. Eles pertencem à família Aphididae e são encontrados em diferentes temperaturas.
Quando se alimentam das plantas, os pulgões desviam os nutrientes necessários para o crescimento saudável delas. Além disso, esses insetos secretam toxinas e uma substância açucarada chamada “honeydew”, que favorece o crescimento de um fungo chamado fumagina.
Características dos pulgões
Identificar os pulgões pode ser um desafio, já que eles podem ter diferentes cores, como amarelo-palha, verde-translúcido, preto e vermelho. Eles não possuem separação entre cabeça e tórax, e seu formato é ovoide na fase adulta.
Os pulgões podem ou não ter asas, o que influencia sua capacidade de colonização e disseminação. Além disso, eles apresentam duas formas de reprodução: sexuada, quando as fêmeas são fecundadas antes de se reproduzirem, e assexuada, quando as fêmeas se reproduzem sem fecundação.
O ciclo de vida dos pulgões varia de 15 a 25 dias, sendo mais rápido em temperaturas ideais. Eles passam por diferentes estágios de desenvolvimento, desde a eclosão dos ovos até a fase adulta. Durante esse ciclo, eles podem causar danos significativos às plantas, especialmente quando suas populações atingem níveis elevados.
Como eles chegam e o que causam
Os pulgões podem ser introduzidos nas lavouras por meio de materiais vegetais contaminados e também se dispersam rapidamente em áreas próximas. Plantas sob estresse hídrico ou nutricional são mais suscetíveis ao ataque desses insetos, pois liberam substâncias químicas atrativas. Certas espécies de plantas são mais atrativas para os pulgões devido à sua composição química.
Os pulgões podem causar diversos danos nas plantações, como amarelecimento das plantas, encarquilhamento e distorção das folhas, nanismo dos brotos, formação de fumagina, injeção de toxinas e transmissão de vírus. Esses danos podem ter um impacto significativo na produção e qualidade das colheitas.
Como lidar com a praga
Para combater essa praga, é importante adotar um Manejo Integrado de Pragas (MIP), que envolve o uso de várias técnicas para controlar a população de pulgões. Algumas medidas eficazes incluem:
- Monitorar constantemente as pragas na lavoura para avaliar a quantidade de pulgões.
- Remover as plantas que servem de hospedeiras para os pulgões.
- Utilizar cultivares que sejam tolerantes ou resistentes aos pulgões.
- Fazer o controle químico utilizando inseticidas registrados e seguindo as recomendações específicas.
- Utilizar cobertura do solo com materiais que repelem os pulgões.
- Promover o controle biológico por meio de inimigos naturais.
Essas estratégias ajudarão a manter a população de pulgões abaixo do nível de dano econômico, garantindo uma produção agrícola saudável e de qualidade.