A 18ª dinastia do Egito Antigo, com cerca de 250 anos de duração, é considerada a mais longa entre as dinastias egípcias. Essa estimativa é baseada em registros escritos e datas de radiocarbono analisadas por cientistas.
Iniciada por volta de 1550 AEC, com o faraó Ahmose, essa dinastia marcou a expulsão dos hicsos, originários da Ásia e que governaram parte do Egito por mais de um século.
Os governantes que sucederam Ahmose ampliaram os territórios egípcios, criando um império que se estendia do atual Sudão até a Síria. Entre os governantes da 18ª dinastia está Tutancâmon, o famoso Rei Tut, cujo túmulo intacto foi redescoberto em 1922 por uma equipe arqueológica britânica.
Divisão da história do Egito em dinastias
A história do Egito é dividida, por muitos historiadores, em 30 dinastias. No entanto, conforme explica Michael Dee, professor associado de cronologia de isótopos na Universidade de Groningen (Holanda), essas “dinastias” são construções retrospectivas. A divisão em dinastias só começou por volta de 300 AEC.
Segundo Marc Van De Mieroop, professor de história da Universidade de Columbia, as dinastias foram inventadas por Maneto, que escreveu uma história do Egito em grego no século III AEC. A 18ª dinastia, por exemplo, é composta por faraós relacionados entre si por descendência, exceto pelos dois últimos, que tiveram reinados breves.
Embora a 18ª dinastia tenha sido a mais longa delineada por Maneto, os períodos de domínio grego e romano foram mais duradouros. O domínio grego teve início em 332 AEC, com a conquista de Alexandre, o Grande, enquanto o domínio romano começou após a morte de Cleópatra VII em 30 AEC e durou até 646 EC, quando o Califado Rashidun tomou o controle do Egito.