Adolf Hitler é uma das figuras mais conhecidas e desprezadas na história da humanidade. Como líder da Alemanha Nazista, ele orquestrou tanto a Segunda Guerra Mundial como o Holocausto, eventos que levaram a morte de pelo menos 40 milhões de pessoas.
Nas décadas seguintes, foi figura presente em inúmeros livros, documentários e programas de TV, inclusive alguns feitos recentemente. A lista abaixo apresenta alguns fatos notáveis, alguns pouco conhecidos, sobre o ditador europeu.
Heil Schicklgruber… Quase
Adolf Hitler foi quase Adolf Schicklgruber. Ou Adolf Hiedler. Seu pai, Alois, nasceu fora do casamento de Maria Anna Schicklgruber, recebendo seu sobrenome. Contudo, quando tinha 40 anos, resolveu adotar o último nome do seu padrasto, Johann Georg Hiedler, que alguns acreditavam ser seu pai verdadeiro. Nos documentos legais, o nome registrado foi Hitler, ainda que não se saiba porque ocorreu uma mudança na escrita do nome.
Serviço na Primeira Guerra Mundial
Quando cometeu suicídio em 1945, Hitler vestia a Cruz de Ferro de Primeira Classe, uma medalha recebida por seu serviço na Primeira Guerra Mundial. A honraria foi especialmente importante para Hitler, que retratava a si mesmo como um herói durante o conflito.
Apesar de ter se ferido na Primeira Batalha do Somme (1916), pesquisas recentes desafiam as afirmações de Hitler sobre sua experiência de guerra. Alguns acreditam que ele viu pouco da ação nas linhas frontais, e que na verdade ficava por um quartel relativamente seguro.
Mein Kampf: best seller banido
Em 1924, durante o período que passou na prisão após ser acusado de traição, Hitler começou a escrever o que posteriormente seria considerado um dos livros mais perigosos do mundo. Em Mein Kampf (“Minha Luta”), Hitler conta sobre sua vida e apresenta sua ideologia racista.
De sucesso limitado no início, o livro cresceu em fama depois, assim como seu autor. Uma bíblia do nazismo, sua leitura era obrigatória na Alemanha, e em 1939 mais de cinco milhões de cópias foram vendidas. Após sua morte, o livro foi banido na Alemanha e em outros países.
Em 2016, o livro se tornou domínio público. Dias depois, uma versão cheia de anotações foi publicada na Alemanha pela primeira vez desde 1945, tornando-se um best seller.
Do fogo ao Führer
Após tentativas e intrigas, Hitler foi apontado como chanceler da Alemanha em janeiro de 1933. Ele buscava mais poder, contudo, e isso se concretizou quando o prédio do parlamento alemão pegou fogo em 27 de fevereiro de 1933. Apesar de seu envolvimento no ocorrido ser algo incerto, ele o usou para consolidar seu poder. No dia seguinte, Hitler suspendeu todas as liberdades civis, e na eleição do mês seguinte, os nazistas e seus aliados asseguraram uma maioria no Reichstag. Em março de 1933, o Reichstag sancionou a ditadura hitleriana com a Lei de Concessão de Plenos Poderes.
Crítico de arte
Hitler foi rejeitado pela Academia de Belas Artes de Viena, muito antes da vida como ditador. Após ascender ao poder, seu gosto só cresceu. Ele apreciava e idealizava os trabalhos clássicos da Grécia e Roma, e era grande crítico de movimentos da sua época, como o impressionismo, cubismo e dadaísmo. Na década de 1930, os nazistas começaram a remover a “arte degenerada” dos museus alemães.
Trabalhos de Paul Klee, Pablo Picasso, Wilhelm Lehmbruck e Emile Nolde foram expostos posteriormente numa exibição em 1937, descritos como “documentos culturais do trabalho decadente de bolcheviques e judeus”.
Abstêmio, vegetariano e usuário de drogas…?
Na busca pela geração de uma raça “ariana” superior, os nazistas eram conhecidos por promoverem políticas de consciência de saúde. Hitler, por sua vez, se abstinha de bebidas e fumo, e era vegetariano. Contudo, de acordo com pesquisas recentes, em 1941, o médico pessoal de Hitler, Theodor Morell, começou a injetá-lo com várias drogas, como oxicodona, metanfetamina, morfina e até cocaína.
De fato, o uso de drogas era bem presente no Partido Nazista, e os soldados frequentemente recebiam metanfetamina antes das batalhas. Perto do fim da vida, Hitler tremia com frequência, e alguns atribuíram isso à doença de Parkinson. Outros especularam que devia-se à abstinência de drogas, que naquele momento já eram difíceis de se obter.