A Ordem dos Illuminati é a organização secreta que mais rodeia o imaginário coletivo das pessoas, sendo utilizada como base central na indústria do entretenimento, como no livro Anjos e Demônios de Dan Brown ou no filme A Lenda do Tesouro Perdido, estrelado por Nicholas Cage.
Mesmo após 200 anos do seu surgimento, a sociedade ainda é assunto para diversos teóricos da conspiração que acreditam que a Ordem dos Illuminati ainda esteja viva e espalhada por vários lugares do mundo para controlar pessoas e governos.
Mas será que essa grande organização secreta conseguiu se manter viva nos dias de hoje? Se sim, ela poderia estar nos vigiando pelas câmeras de segurança ou nossos celulares? Neste artigo, você saberá como essa organização surgiu e se existe a possibilidade de estar viva nos dias atuais.
Como a Ordem dos Illuminati surgiu?
A Ordem dos Illuminati nasceu no ano de 1776, período em que o mundo estava passando por profundas mudanças. Na época, a Igreja Católica dominava todos os assuntos dos países europeus, e sempre impunha seus valores criacionistas tradicionais no povo.
Enquanto isso, o final do século XVIII estava passando por uma revolução científica, onde cientistas tentavam entender o mundo natural para poder compreender a mente de Deus, fazendo com que ciência e religião caminhassem juntas para criar uma narrativa mais abrangente.
Porém, um professor de direito da Universidade de Ingolstadt, na Alemanha, chamado Adam Weishaupt, era totalmente contrário às ideias da igreja. Ele era um livre-pensador com visões progressistas não aceitas pela religião. Isso fez com que no dia 1º de maio de 1776, Weishaupt selecionasse seus cinco melhores estudantes para formar essa sociedade.
No início, a Ordem dos Illuminati surgiu como um ambiente seguro para realizar debates e críticas livres do poder do Estado, onde as pessoas podiam ter liberdade de expressão e não se restringir aos ensinamentos religiosos.
Com o passar do tempo, a organização cresceu e atingiu 2.000 membros, que ficavam espalhados por toda região da Baviera, onde o grupo surgiu, e também na França, Hungria, Itália e Polônia.
No entanto, as ideias do grupo foram consideradas muito radicais para a época, o que fez com que a sociedade fosse desfeita na Universidade de Ingolstadt e os governos proibissem o surgimento de outras sociedades ilegais em 1784.
Em 1785, a Ordem dos Illuminati foi considerada como um ramo ilegal da organização da Maçonaria, e acabaram sendo banidos. Um tempo depois, Weishaupt teve que fugir da Baviera, e passou o restante da sua vida na cidade alemã de Gotha.
Dois anos depois, em 1787, o governante de Baviera, Carl Theodore, começou a buscar os membros da organização e processá-los. Ser membro da Ordem dos Illuminati passou a ser punível com a pena de morte, o que ocasionou o fim da sociedade.
É possível que ela ainda exista?
Nos dias de hoje, os moradores da cidade de Ingolstadt parecem ter perdido esse peculiar legado que carrega na sua história. Poucas pessoas sabem que a Ordem dos Illuminati se iniciou na cidade.
Mesmo assim, a ideia de uma organização secreta feita para se revoltar contra o estado é algo que mexe com o imaginário das pessoas, e faz elas acreditarem que a sociedade nunca foi dissolvida, mas que soube como se esconder apropriadamente.
Segundo teorias da conspiração, a Ordem dos Illuminati foi responsável pela Revolução Francesa, a morte do presidente americano John F. Kennedy e até o ataque terrorista das torres gêmeas em 11 de setembro de 2001.
No entanto, Adam Weishaupt produziu diversas obras sobre os illuminati que podem ser encontradas nos arquivos de Ingolstadt. O conteúdo que elas apresentam mostram que a organização não se iniciou para reproduzir tais acontecimentos na humanidade.
“Weishaupt foi um revolucionário em muitos aspectos. Ele gostou da ideia de ensinar as pessoas a serem seres humanos melhores. Queria mudar a sociedade, sonhava com um mundo melhor, com um governo melhor. Ele começou os Illuminati com a ideia de que tudo que a humanidade conhece deveria ser ensinado – algo que não era permitido aqui na universidade.” diz o jornalista e morador de Ingolstadt Michael Klarner enquanto foi entrevistado pela BBC.
Hoje é difícil saber se a Ordem dos Illuminati continua ou não entre nós, mas algumas superstições ainda rondam a cidade de Ingolstadt. “Algumas pessoas vieram aqui e me perguntaram sobre as reuniões. Acho que há algo aqui, mas o que exatamente, em que casas, eu não sei.” relata a freira Anna, que trabalha em uma livraria frente a igreja gótica Liebfrauenmünster de Ingolstadt.