A divisão e a medida do tempo são invenções muito antigas. Dessa forma, através da história, é possível conhecer diversos calendários das civilizações, cujas origens remetem à antiguidade. Desde muito tempo atrás, a observação dos astros, do ciclo lunar e dos fenômenos climáticos serviram como referência para a vida agrícola, social e religiosa nas mais diferentes populações do planeta.
Calendários das Civilizações
Gregoriano
Em 1582, o Papa Gregório XIII modificou o modelo de calendário anterior conhecido como Juliano e introduzido por Júlio César em 46a.C. O calendário gregoriano é semelhante ao atual pois considera o ano 1 como o ponto de partida e o ano do nascimento de Jesus Cristo.
Assim como o calendário juliano, o gregoriano utiliza o curso da Terra ao redor do Sul para a determinação dos dias e meses. Isto é, um ano dura aproximadamente 365 dias e um dia 24 horas.
A principal diferença aconteceu com a determinação dos anos bissextos, com o objetivo de combater o desvio na data da Páscoa. Além disso, a numeração dos anos também foi alterada de março para janeiro.
Oriente Médio
O calendário lunisolar foi importante para a organização da vida social e da economia das civilizações mesopotâmicas e babilônica. Um cidadão usando o calendário lunar, por exemplo, sabia que o contrato terminaria no retorno do mesmo mês. Este calendário foi empregado em todo o Oriente Médio, exceto Egito e Roma.
O calendário babilônico, por exemplo, considerava duas estações do ano: “verão”, o início da colheita de grão, e o “inverno”, os demais meses do ano. Os meses começavam na lua nova e duravam até o final do ciclo lunar e, para contagem de horas, alguns relógios do Sol estavam espalhados pelas cidades.
Assírio e Hitita
Infelizmente, a supremacia da Babilônia e Mesopotâmia escondeu os calendários assírios e hititas. A contabilidade dos assírios acontecia graças ao emprego de um semana de 5 dias. Na cidade de Ashur, a cada ano um oficial real, conhecido como “limu”, presidia o festival de Ano Novo na capital e oferecia seu nome como título do novo ano.
Egípcio
Os antigos egípcios originalmente usavam um calendário lunar e, como muitos povos ao redor do mundo, eles fixavam seu calendário lunar por meio de um ano relacionado aos astros. Depois, produziram um calendário civil baseado em dias, três estações e 4 meses de 30 dias cada. Isto é, os anos totalizavam 360 dias e eles ainda adicionavam 5 dias extras. No entanto, o calendário civil era mais usado na administração ou governo e o lunar para os assuntos religiosos e cotidianos.
Grego e Romano
No caso do calendário grego, geralmente o meses recebiam o nome de diferentes festividades da cidade e começavam na Lua Nova. Os meses atenienses eram chamados de Hecatombaion (por volta do meio do verão), Metageitnion, Boedromion, Pyanopsion, Maimacterion, Poseideion, Gamelion, Anthesterion, Elaphebolion, Mounychion, Thargelion e Scirophorion.
Por fim, acredita-se que o calendário romano surgiu com Rômulo nos séculos 7 ou 8 a.C. Os anos começavam em março e totalizava 10 meses no total, porém anos mais tarde dois meses foram inseridos antes desse, graças ao segundo rei de Roma. Devido à uma superstição com números pares, o mês de fevereiro terminava e um número par e era dedicado aos deuses infernais.
Muçulmano
O calendário muçulmano é lunar, sempre composto por 12 meses alternados de 30 e 29 dias, começando aproximadamente com uma Lua Nova. Dessa forma, não estão relacionados nem com as estações e nem com o Sol.
O jejum do Ramadã acontece no nono mês, é observado em todo o mundo muçulmano. De acordo com o Alcorão, os muçulmanos devem ver a Lua Nova a olho nu antes de começar o período. Outra curiosidade é que alguns países, de maioria muçulmana, utilizam os dois calendários, gregoriano e muçulmano, principalmente Egito, Síria, Jordânia e Marrocos.