A Estação Espacial Internacional, localizada a uma altitude de 437 quilômetros da superfície da Terra, entrou em operação em 1998. Ela é composta por quinze módulos russos, americanos e europeus e pode acomodar até sete pessoas. A estação está em operação há 24 anos, por isso não é de surpreender que a cada ano algo quebre dentro ou fora dela. Além disso, a estação muitas vezes corre o risco de colidir com detritos espaciais. Já está claro para todos que na próxima década a ISS, como é chamada na sigla em inglês, precisará ser desorbitada, porque não será mais capaz de lidar com suas tarefas. Além disso, muitos países já estão prontos para abandonar seu uso, pois estão construindo suas próprias estações espaciais.
Quem é o dono da Estação Espacial Internacional?
A Estação Espacial Internacional é um projeto internacional que envolve 14 países. Pesquisadores da Rússia e dos Estados Unidos usam a estação na maioria das vezes, mas cientistas do Japão, Canadá e da Agência Espacial Europeia (ESA) também realizam seus estudos científicos.
A estação é controlada a partir de diferentes Centros de Controle. Assim, o segmento russo da ISS é controlado a partir do Space Flight Control Center, localizado em Korolev. O segmento americano da estação é controlado por especialistas do Lyndon Johnson Mission Control Center — está localizado na famosa cidade de Houston. Também na estação espacial estão os módulos de laboratório Columbus e Kibo, que são operados por dois centros da Agência Espacial Europeia localizados na Alemanha e no Japão. O Brasil também fez parte da Estação Espacial Internacional por 10 anos, mas como não contribuiu com nenhum parafuso, acabou tendo a sua participação excluída após enviar o astronauta Marcos Pontes à Estação em 2006 para comemorar os 100 anos da Agência Espacial Brasileira (AEB).
O que está acontecendo na ISS hoje?
Em 03 de março de 2022, há sete pessoas dentro da ISS: quatro astronautas americanos, dois cosmonautas russos e um astronauta da Alemanha. Apesar dos conflitos em curso na Terra, a estação permanece calma, porque existe “uma espécie de código cósmico” no espaço. Segundo a publicação francesa 20 minutos, em mais de vinte anos de operação, a ISS já passou por crises diplomáticas. No entanto, hoje a situação na indústria espacial é muito tensa devido à invasão russa à Ucrânia.
Quando a ISS deixará de operar?
Recentemente, a NASA anunciou que o trabalho da ISS será concluído em janeiro de 2031. Antes do fim da operação da estação, todos os pesquisadores dentro dela serão devolvidos à Terra junto com importantes equipamentos científicos. Quando a estrutura estiver vazia, o Controle da Missão a aproximará da Terra para que ela passe pela atmosfera, queime parcialmente e caia em um cemitério de naves espaciais no Oceano Pacífico.
Há riscos da ISS cair na Terra antes de 2031?
Recentemente, as autoridades dos EUA ameaçaram que as sanções impostas à Rússia poderiam prejudicar seriamente o programa espacial do país. O que exatamente isso significa não está claro, mas de modo geral, os pesquisadores russos não poderão cooperar com cientistas de outros países. E isso apesar do fato de que a maioria dos segmentos da ISS são feitos na Rússia e são gerenciados por centros russos. Em resposta a tudo isso, o chefe da Roskosmos anunciou que isso poderia levar a uma descida descontrolada da ISS para a atmosfera da Terra — os motores que controlam a posição da estação no espaço estão localizados na parte russa da estação.
Devido ao término da cooperação dos EUA com a Rússia, existe o risco de detritos da ISS caírem na Terra. Quando o chefe da Roscosmos perguntou quem salvaria a ISS de uma queda descontrolada na Terra, Elon Musk respondeu imediatamente à pergunta — ele publicou o logotipo da SpaceX.
Infelizmente, no momento é impossível dizer exatamente qual o futuro reservado para a ISS. Não há dúvidas de que ela será desativada na próxima década. Mas se ela permanecerá em órbita até lá, isso é um mistério.