Temperaturas altas estão presentes no mundo inteiro, mas ninguém imaginou que pesquisadores encontrariam criaturas marinhas cozidas por conta disso. Esta é cena que presenciaram no noroeste do Pacífico, às margens de Kitsilano Beach em Vancouver, Canadá.
Um biólogo marinho afirmou que as equipes coletaram cerca de 1 bilhão de criaturas marinhas cozidas, incluindo estrelas-do-mar, mexilhões, caracóis e mariscos. No final de junho, as altas temperaturas bateram recordes e alcançaram 49,6 graus Celsius, de acordo com o ‘Environment Canadá’, serviço meteorológico do país.
O biólogo Chris Harley, da Universidade de British Columbia, se surpreendeu quando descobriu as criaturas marinhas cozidas após sentir o forte odor. De acordo com seus conhecimentos técnicos, as criaturas marinhas cozidas quase fritaram por conta da enxurrada de calor que assolou a região.
Esse ano, o calor está assombrando o Canadá como nunca visto anteriormente, os termômetros dispararam no que foi chamado ‘cúpula de calor’. Um fenômeno deste nível não é comum de acontecer. “É como se Berlim, que está na mesma latitude, fizesse quase 50 graus”, explica Juan Añel, professor de Física da Terra da Universidade de Vigo. Entretanto, com a descoberta dessas criaturas marinhas cozidas, a situação ficou ainda pior.
Impactos que a descoberta das criaturas marinhas cozidas causarão no cenário ambiental
Animais entre as ondas, como as criaturas marinhas cozidas encontradas no Canadá, podem suportar temperaturas altas por um curto período de tempo. Com essa avalanche de calor, ficaram expostos no meio da tarde, quando as marés estavam baixas, deixando-as presas por longas horas na costa.
“Um mexilhão na praia, de certa forma, é como uma criança que foi deixada no carro em um dia quente”, disse Harley à CBC. “Eles ficam presos lá até o pai voltar ou, neste caso, a maré volta e há muito pouco que eles podem fazer. Eles estão à mercê do meio ambiente. E no sábado, domingo, segunda-feira [26 de junho -28], durante a onda de calor, ficou tão quente que os mexilhões não podiam fazer nada”.
A morte em massa causará um efeito temporário (mas significativo) na qualidade da água, pois os mexilhões e derivados ajudam na filtragem de produtos químicos que invadem o mar. A cadeia alimentar também sofrerá alterações, pois há animais que se alimentam de moluscos, como os patos.
Infelizmente, essa não foi a primeira vez que encontraram criaturas marinhas cozidas, em 2019, uma onda de calor matou milhares delas em Bodega Bay. “Se não gostamos, precisamos trabalhar mais para reduzir as emissões e tomar outras medidas para reduzir os efeitos da mudança climática”, concluiu Harley.