A maior explosão solar dos últimos 4 anos e seus efeitos na Terra

Mateus Marchetto
A NASA acaba de registrar a maior erupção solar dos últimos 4 anos. Imagem: Gerd Altmann/Pixabay

De tempos em tempos, o Sol tem explosões, ou erupções, que liberam quantidades gigantescas de energia para o espaço. Nesse sentido, a NASA acaba de registrar a maior explosão solar dos últimos 4 anos.

A tempestade aconteceu no dia 3 de julho, último sábado, na borda observável do sol. Uma vez que a explosão fique escondida pelas próximas duas semanas, ela não deve causar maiores problemas no planeta.

No entanto, a liberação de energia foi suficiente para bagunçar ondas de rádio sobre boa parte do Oceano Atlântico, sobretudo ao norte. O maior efeito da explosão, portanto, foi a falha de alguns equipamentos de comunicação de aviões e navios em alto-mar, além de rádios amadores.

Felizmente, toda a radiação liberada durante o evento não chega ao planeta de forma nociva aos seres humanos. Mesmo as maiores erupções solares causam, em geral, apenas efeitos indiretos aos seres humanos, como a queda de sistemas de energia e comunicação. Isso aconteceu, inclusive, em uma explosão solar ocorrida em 1989.

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Imagem: Hrayr Movsisyan/Pixabay 

Origem da explosão solar

O Sol é uma estrela e, portanto, depende da fusão nuclear em seu interior. Esse processo, que o ocorre no núcleo da estrela, libera quantidades incríveis de energia e evita que a estrela colapse sobre sua própria gravidade.

Assim, da mesma maneira que erupções acontecem na crosta da Terra, elas acontecem na superfície do Sol. Estas explosões recebem, ainda, uma classificação de acordo com a sua intensidade. Explosões mais fracas podem receber a categoria A, B ou C de acordo com sua intensidade. Já aquelas médias recebem o rótulo M. Por fim, as explosões solares mais intensas que chegam ao planeta recebem a classe X.

O evento ocorrido no sábado, aliás, teve intensidade X1,5. A supracitada explosão de 1989 atingiu X15. A mais forte de todas, por fim, alcançou os 28X em 2003. Esta última causou uma ejeção de massa coronal do Sol a 2300 km por segundo.

Felizmente, após 89 todos os sistemas elétricos, sobretudo no hemisfério norte passaram a contar com sistemas de proteção contra erupções solares. Ademais, a maior parte da explosão não foi direcionada para a Terra em 2003, assim como agora.

Todavia, os sistemas de comunicação ainda sofrem com eventos solares, assim como as antigas TVs a cabo. Isso porque boa parte das partículas nocivas vindas do Sol acabam também presas pelo campo magnético da Terra e levadas para os polos, formando auroras polares.

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Imagem: Free-Photos/Pixabay 

Com informações de MetSul.

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