Connect with us

Cosmos

Cientistas criam um novo tipo super-raro de urânio

Published

on

O urânio é um elemento químico famoso pela aplicação em usinas de energia nuclear e bombas atômicas. Esse elemento radioativo tem o número atômico 92, ou seja, seu núcleo possuí 92 prótons. Assim, todo átomo que tenha 92 prótons em seu núcleo, é ainda o mesmo elemento químico. Ainda assim, o número de nêutrons pode mudar, originando isótopos.

É justamente isso que pesquisadores chineses acabam de fazer. Os cientistas desenvolveram um novo tipo super-raro desse elemento, com o menor número de nêutrons em seu núcleo até o momento: 214. Isso levou também ao batismo do isótopo como urânio-214.

Para conseguir essa façanha, os pesquisadores bombardearam átomos de tungstênio com cálcio e argônio, até que alguns desses átomos fusionassem seus núcleos, dando origem ao novo tipo de urânio. Para separar os resultados, ademais, os físicos usaram separadores eletromagnéticos

Advertisement

Urânio e seus isótopos

O urânio está presente em abundância aqui na Terra desde a formação do planeta. Esse elemento, inclusive, é muito mais abundante que metais como ouro e prata. Contudo, a maior parte de todo esse urânio (mais de 99%) é de apenas um isótopo, o 238.

Naturalmente, por conseguinte, apenas três isótopos desse composto ocorrem no planeta: 234, 235 e 238. No entanto, existem outros 25 isótopos artificiais conhecidos. A maioria deles é bastante custosa e instável para se produzir.

O novo isótopo criado na China, por exemplo, tem uma meia vida de 0,52 milissegundos. Ou seja, após esse tempo, metade da amostra já decaiu a outros elementos químicos. No caso do urânio-238, por outro lado, a meia-vida é de 4,4 bilhões de anos aproximadamente (isso mesmo, bilhões). Assim, desde o nascimento do nosso planeta, apenas metade do urânio da crosta decaiu formando outros elementos.

Advertisement

Ademais, o decaimento já citado geralmente forma átomos ainda mais radioativos que o próprio urânio, como o polônio ou o rádio.

Os pesquisadores também afirmam que a formação do novo isótopo leva muito tempo. Para formar apenas dois átomos do urânio-214 foram necessários 1018 (1 seguido de 18 zeros) átomos de cálcio e argônio a super-velocidades.

O artigo está disponível no periódico Physical Review Letters.

Advertisement
Advertisement
Colagem de produtos em oferta

Aproveite nossas ofertas imperdíveis

Garimpamos as promoções mais quentes da internet para você economizar no que realmente vale a pena.

VER OFERTAS

Copyright © 2025 SoCientífica e a terceiros, quando indicado.