Nossa Via Láctea contém bilhões de massas planetárias de objetos livres. Cada um desses objetos são chamados de “planeta solitário”, “planeta nômade” e/ou “planeta errante” porque não estão gravitacionalmente conectados a nenhuma estrela. Esses planetas não possuem uma estrela viva ou adormecida e vagam em torno do centro da Via Láctea. Os astrônomos acreditam que foram expulsos por suas estrelas.
O primeiro planeta errante, conhecido por CFBDSIR2149-0403, foi encontrado por uma equipe franco-canadense em 2012. Um estudo publicado na revista Nature em 2011 estimou que o número de objetos de massa planetária livre na Via Láctea é de 400 bilhões. Portanto, o número de planetas solitários é o dobro de estrelas.
Com os métodos convencionais de observação não é possível detectar planetas errantes. Entretanto, os cientistas adotaram outra técnica: quando o planeta errante passa entre a estrela e a Terra, ele atua como uma “microlente gravitacional”, o que aumenta ligeiramente a luminosidade da estrela.
A vida em um planeta errante
Olivier La Marle, diretor do projeto de astrofísica Cnes, acredita que é difícil imaginar a vida nesses planetas sem o calor das estrelas próximas. No entanto, o estudo publicado na Nature estima que, enquanto os planetas órfãos tiverem uma atmosfera isolante, eles podem atingir 27 ° C. A temperatura propícia para a vida e para nenhum oceano evaporar para o espaço.