Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Estocolmo e da Universidade de Manchester, óvulos humanos podem selecionar espermatozoides utilizando sinais químicos. Segundo a pesquisa, óvulos de mulheres diferentes atraem espermatozoides de homens diferentes – e não necessariamente de um único parceiro.
Seres humanos gastam muito tempo e energia selecionando o parceiro ideal. Agora, este estudo mostra que esta “seleção” continua até mesmo após o sexo.
Como os óvulos humanos podem selecionar espermatozoides?
Os óvulos liberam algumas substâncias químicas chamadas quimioatraentes que têm a função de atrair os espermatozoides. Sabendo disso, a equipe de pesquisa se perguntou se os óvulos usam esses sinais químicos para escolher quais espermatozoides eles devem atrair. Para responder essa pergunta eles analisaram como o esperma responde ao líquido folicular, que envolve os óvulos e contém quimioatraentes. Dessa forma, eles poderiam identificar se os fluidos foliculares de diferentes mulheres atraíam esperma de alguns homens mais do que outros.
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As analises confirmaram que de fato, o líquido folicular de uma mulher era melhor em atrair esperma de um homem, enquanto o fluido folicular de outra mulher era melhor em atrair esperma de um homem diferente.
Durante o estudo a equipe também descobriu que os óvulos nem sempre atraem mais espermatozoides do parceiro em comparação com o esperma de outro homem.
O poder da escolha
Segundo os pesquisadores, o espermatozoide tem somente uma função, que é fertilizar óvulos. Portanto, eles não ser muito exigentes. Já os óvulos, por sua vez, se beneficiam escolhendo espermatozoides de alta qualidade ou geneticamente mais compatíveis.
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A ideia de que os óvulos podem estar escolhendo os melhores espermatozoide é realmente uma novidade na fertilidade humana pois isso nunca foi descrito em nenhuma literatura.
As pesquisas sobre a maneira como os óvulos e os espermatozoides interagem são muito importantes porque elas ajudam no desenvolvimento de tratamentos de fertilidade e podem nos ajudar a entender algumas das causas atualmente ‘inexplicáveis’ de infertilidade nos casais.
O estudo foi publicado na revista Proceedings da Royal Society B, clique aqui para acessá-lo.
As informações para esta matéria foram fornecidos pela Universidade de Estocolmo.