Estudos regionais mostram que uma alta porcentagem de emigrantes venezuelanos são cientistas, o que deixa o país sem uma massa crítica de pesquisadores. Para o presidente da SBPC, seria importante uma ação conjunta de entidades científicas e de setores relacionados da América Latina para reverter essa situação, que não afeta apenas o talento venezuelano, mas toda a região
A fuga de talentos na Venezuela está afetando seriamente a ciência, a tecnologia e a pesquisa no país, porque o deixa sem uma massa crítica de pesquisadores e cientistas. E isso será muito difícil de recuperar sem a ajuda da cooperação internacional. Além disso, está cortando as chances do país de ter novas gerações de pesquisadores, alertaram especialistas que compartilharam dados e testemunhos em uma série de reuniões e conversas acadêmicas na capital peruana entre 25 de fevereiro e 6 de março.
A área de engenharia – especialmente petróleo e hidrocarbonetos – e carreiras relacionadas à saúde e educação são as profissões com o maior êxodo. No entanto, em um contexto em que não há sequer um consenso sobre o número exato de emigrantes – as estimativas variam de três a sete milhões – fica difícil estabelecer um número exato da diáspora científica.
A razão para esta emigração: a deterioração da situação econômica, renda e condições de trabalho. Segundo a pesquisa sobre Condições de Vida (ENCOVI 2017) – produzida pela Universidade Católica Andrés Bello, a Universidade Central da Venezuela e a Universidade Simón Bolívar da Venezuela -, a pobreza passou de 48,4% em 2014 para 87% em 2017, com 61,2% de lares em extrema pobreza.
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