9 ambientalistas que você deveria conhecer

Dominic Albuquerque
Chico Mendes.

Através da história, diversos ambientalistas tiveram impacto não apenas na preservação de lugares naturais, mas também na vida de indivíduos e no debate público acerca de diferentes temas em torno do meio ambiente. Os ambientalistas estão por trás da agricultura regenerativa, são autores de uma literatura inspiradora, e a voz de minorias e da vida selvagem.

Os esforços ambientalistas trouxeram mudanças nos últimos séculos, como a criação de reservas naturais, banimento de certos tipos de pesticidas e direitos de terra para povos indígenas.

Chico Mendes, seringueiro e conservacionista

Chico Mendes (1944-1988) foi um ambientalista brasileiro que dedicou sua vida a salvar as florestas tropicais da exploração madeireira e pecuária. Sua paixão foi despertada pela observação da destruição das árvores da Amazônia, enquanto vinha de uma família de seringueiros que supriam sua renda de forma sustentável. Seu incansável ativismo rapidamente chamou a atenção internacional, assim como a atenção dos poderosos interesses da pecuária e da exploração madeireira que se opunham fortemente às leis de proteção ambiental.

Infelizmente, depois de ser ameaçado por essas forças, ele foi assassinado aos 44 anos de idade. Este herói ambiental sofreu uma morte trágica por proteger as florestas e seus habitantes. Ainda assim, mesmo após seu assassinato, seu espírito forte continua vivo nas palavras que deixou para trás: “No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade.”

John Muir, conservacionista e escritor

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Imagem: Domínio público

John Muir (1838-1914) nasceu na Escócia, migrando para Wisconsin, nos Estados Unidos, ainda criança. Ele desistiu de estudar medicina, escolhendo dedicar-se aos estudos de botânica. Quando um acidente temporariamente prejudicou sua visão, ele jurou a si mesmo que veria o esplendor do mundo natural quando a recuperasse.

Muir passou grande parte da sua vida adulta explorando e lutando pela preservação da vida natural do oeste dos Estados Unidos, especialmente a Califórnia. Seus esforços levaram à criação dos parques nacionais de Yosemite, Sequoia e milhões de outras áreas de conservação.

Rachel Carson, cientista e autora

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Imagem: George Rinhart/Corbis / Getty Images

Rachel Carson (1907-1964) é apontada por muitos como a fundadora do movimento ambientalista moderno. Ela nasceu na Pensilvânia, nos Estados Unidos, onde estudou biologia na Johns Hopkins University e Woods Hale Marine Biological Laboratory.

Ela publicou diversos livros, dentre eles o Silent Spring, onde descreve os efeitos ambientais devastadores dos pesticidas. Ela se referia a eles como “biocidas”, assassinos da vida. Suas observações posteriormente se comprovaram corretas, levando à proibição de diversos tipos de pesticidas.

Wangari Maathai, ativista ambiental

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Imagem/Reprodução: Revista Afirmativa

Wangari Maathai (1940–2011) foi uma ambientalista queniana e ativista política ganhadora do Prêmio Nobel da Paz que se dedicou à conservação ambiental. Ela estabeleceu o Green Belt Movement em 1977, que começou como um movimento de base para combater a degradação ambiental e expandir o acesso aos recursos ambientais para as comunidades vulneráveis. O Green Belt Movement plantou mais de 30 milhões de árvores no Quênia, aumentando a conscientização sobre o desmatamento global e incentivando a gestão sustentável dos recursos naturais.

Maathai também lutou contra a opressão do governo, esforçando-se para dar poder aos quenianos em questões como corrupção e direitos de terra dentro de sua nação. Através de sua liderança, ela melhorou a vida de muitas pessoas no Quênia e deixou um legado duradouro que inspira os ativistas ambientais até hoje.

Edward Abbey, autor

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Imagem: Buddy Mays / Getty Images

Edward Abbey (1925-1989) foi um ambientalista firme, impulsionado por sua paixão pelos desertos do sudeste da América. Seu ativismo e sua defesa fizeram contribuições inestimáveis para o movimento ambiental, e seu livro Desert Solitaire continua sendo uma obra marcante. Revelando o quanto ele se importava com a natureza, ele abordava questões ambientais com uma combinação de humor e sagacidade, percepções observadoras, histórias imaginadas e anedotas pessoais. Apesar de falecer com apenas 63 anos de idade, o legado ambiental de Edward Abbey continua vivo — servindo de inspiração para ativistas em todos os lugares.

George Washington Carver, cientista

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Imagem: Bettmann / Getty Images

Escravo ao nascer, George Washington Carver (1864-1943) se tornou um dos mais proeminentes cientistas do século XX, além de um pintor reconhecido. Além de ensinar no Tuskegee Institute, foi um inventor prolífico conhecido por criar tintas, plásticos, combustíveis e outras coisas com amendoim.

Ele criou uma lista com 300 usos para amendoim, além de muito mais para soja, nozes e batata doce, numa tentativa de impulsionar os lucros dos fazendeiros do sul. Graças a ele, nos anos 1930, o amendoim se tornou uma cultura agrícola com valor de US$ 200 anuais.

Raoni Metuktire, indígena e ambientalista

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Raoni Metuktire (nascido em 1930) é um ambientalista brasileiro conhecido por sua luta para proteger a floresta tropical amazônica. Tendo aderido à causa ambiental em 1978, ele serve como chefe do povo Kayapo e apoia os esforços de preservação ambiental através de discursos, negociações e programas de educação ambiental.

Trabalhando com organizações ambientais ao redor do mundo, Raoni conseguiu aumentar a conscientização sobre questões de desmatamento que ameaçam o meio ambiente e as culturas indígenas. Ele também faz campanhas em todo o mundo para levantar fundos para projetos de conservação ambiental, ajudando a garantir a proteção de mais de 19 milhões de acres de floresta amazônica contra o desmatamento. Raoni Metuktire é um líder notável na defesa da conservação ambiental e da sustentabilidade.

Ado Leopold, ecologista e autor

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Imagem: Domínio público

Ado Leopold (1887-1948) é considerado por alguns como o padrinho da conservação da vida selvagem e dos ecologistas modernos. Ele foi para a Universidade de Yale e trabalhou para o serviço florestal dos Estados Unidos. Seu livro “A Sand County Almanac” continua com uma das melhores argumentações em nome da perservação da vida selvagem.

Uma das frases do livro assim diz: “Uma coisa está certa quando ela tende a preservar a integridade, estabilidade e beleza da comunidade biótica. Está errada quando tende ao contrário”.

Winona Laduke, ativista pelos direitos da terra dos nativo americanos

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Imagem: John Lamparski / Contributor / Getty Images

Winona LaDuke (nascida em 1959) é membro da tribo Ojibwe, educada em Harvard, e dedica sua vida às questões de mudanças climáticas, direitos dos nativo americanos e justiça ambiental. Ela sozinha fundou o Projeto de Recuperação de Terras da Terra Branca, que visa comprar de volta terras indígenas de não nativos, criar empregos para os povos das Primeiras Nações e cultivar arroz selvagem, um alimento tradicional Ojibwe.

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