Das 267 espécies existentes, há dois tipos de macacos principais: macacos do velho mundo e macacos do novo mundo. Todos os macacos do velho mundo pertencem a uma única família, enquanto os do novo são divididos em cinco.
Os macacos são mamíferos da ordem dos primatas. Nem todos os primatas são macacos, porém; a ordem também inclui animais como társios, lêmures e grandes primatas, como chimpanzés, gorilas e gibões, que não são macacos.
A maioria dos macacos são animais sociais e arbóreos, ou seja, gostam de viver dentre árvores. Até os que não vivem em árvores, como babuínos, descendem de animais que o faziam.
Os macacos possuem uma vasta adaptação ao estilo de vida nas árvores, o que inclui membros longos e flexíveis, assim como mãos e pés muito hábeis. Seus olhos voltam-se para a frente, dando-lhes boa percepção de profundidade, o que ajuda a avaliar seus saltos quando se movimentam pelas árvores.
Macacos são altamente inteligentes, e as pesquisas indicam que as espécies mais sociais de primatas possuem cérebros maiores do que as que são menos sociais.
Tipos de macacos: macacos do velho mundo e do novo mundo
Macacos do velho mundo
Dentre os dois principais tipos de macacos, os do velho mundo se encontram na Ásia, África e Europa. Eles tendem a ser maiores que os do novo mundo, com caudas menores e polegares oponíveis.
Junto aos grandes primatas, os macacos do velho mundo formam o grupo Catarrhini. Esse nome significa “nariz para baixo”, referindo-se às narinas desses primatas, que apontam para baixo.
Os macacos do velho mundo e os grandes primatas evoluíram separadamente há cerca de 25 milhões de anos. Há apenas uma família de macacos do velho mundo: Cercopithecidae. Dentre eles temos os babuínos, o macaco-vervet, langures, macaco-suril, macaco-narigudo, entre outros.
Macacos do novo mundo
Por sua vez, os macacos do novo mundo se encontram principalmente na América do Sul e América Central (na América do Norte eles não estão presentes além do México).
O nome científico desse grupo, Platyrrhini, significa “nariz achatado”. Isso porque as narinas dos macacos do novo mundo ficam para os lados.
Eles tendem a ser menores que os macacos do velho mundo. Suas caudas são longas e preênseis (capazes de agarrar). A cauda de um macaco do novo mundo pode ser usada como uma “quinta mão”, agarrando-se em galhos enquanto ele escala pelas árvores.
Há cinco famílias de macacos do novo mundo: Callitrichidae, Cebidae, Aotidae, Pitheciidae e Atelidae. Dentre eles temos os saguis, micos, macaco-esquilo, macaco noturno, macaco-aranha e macaco-lanudo, por exemplo.
10 espécies de macacos
1. Macaco-dourado (Rhinopithecus roxellana)
Um dos macacos que impressionam visualmente, o macaco-dourado é um dos macacos do velho mundo, altamente sociável, que habita em áreas do Planalto do Tibete, na China.
Esses macacos possuem uma pelugem longa e alaranjada, com rostos azulados. Acredita-se que essa espécie seja a mais tolerante ao frio dentre as espécies não humanas de primatas.
No Planalto do Tibete, a temperatura alcança níveis muito baixos. Quando isso ocorre, o macaco-dourado se reúne com membros do seu grupo social para se manter aquecido. Infelizmente, devido ao desmatamento, essa espécie é uma das que mais corre risco de extinção no planeta.
2. Mandril (Mandrillus sphinx)
Um dos mais notórios macacos do velho mundo, o mandril é um grande primata nativo da África ocidental e central. Seu visual lembra o dos babuínos, ainda que estudos genéticos recentes sugiram que eles sejam menos relacionados entre si do que pensávamos.
Há um grande dimorfismo sexual nos mandris, o que significa que a aparência do macho muito difere da aparência da fêmea. O macho normalmente é três vezes maior, por exemplo, e possui um rosto colorido, com uma traseira azulada.
Estão entre os tipos de macacos que habitam em florestas densas, onde evitam o contato com humanos. A maioria deles prefere viver no chão, ainda que possuam habilidade para escalar.
3. Macaco-narigudo (Nasalis larvatus)
O macaco-narigudo habita em manguezais da Indonésia, Malásia e Brunei. Ele é conhecido por seu enorme nariz, mais evidente nos machos que nas fêmeas.
Acredita-se que seu nariz seja uma câmara de eco, que ajuda a amplificar os sons que os machos emitem na hora de chamar as fêmeas durante o período reprodutivo, como forma de atraí-las.
Esses macacos preferem viver em áreas costeiras, pântanos e regiões úmidas. Seu estômago possui múltiplas câmaras, especificamente desenvolvido para ajudá-los a digerir folhas.
4. Macaco-japonês (Macaca fuscata)
Dos tipos de macacos, o macaco-japonês, como o nome indica, encontra-se em diferentes ilhas do Japão. Esses macacos possuem uma pelugem densa e clara, com rostos rosados, que possuem características muito humanas.
Eles preferem habitar nas regiões mais frias do Japão, onde buscam por águas termais para se manter aquecidos. É comum que se encontrem em grupos para banhos termais pela região.
São altamente sociáveis, passando certos comportamentos de geração em geração, como o de fazer bolas de neve. Felizmente, são uma das espécies menos ameaçadas de extinção.
5. Macaco-preto-de-nariz-arrebitado (Rhinopithecus bieti)
O macaco-preto-de-nariz-arrebitado é um macaco de tamanho médio que habita nas regiões montanhosas do sudoeste da China. Com o nome indica, possui um nariz arrebitado e uma pelugem negra, que o ajuda a se manter aquecido em seu habitat.
Esses macacos gostam de se alimentar de líquens, o que compõe dois terços de sua dieta, algo bem raro entre os diferentes tipos de macacos. Seu estômago tem múltiplas câmaras, o que o ajuda a digerir esse alimento.
Acredita-se que esse macaco viva a uma altitude maior do que qualquer outra espécie de primata, além da humana. São frequentemente vistos a 4,700 m acima do nível do mar, e viajam ainda mais acima em busca de alimento.
6. Macaco-de-gibraltar (Macaca sylvanus)
A única espécie da Europa, o macaco-de-gibraltar encontra-se ao longo do norte da África e numa pequena região isolada de Gibraltar, no continente europeu. São macacos de pelugem densa, com rostos rosados, e se adaptam bem à presença humana.
Acredita-se que chegaram à Gibraltar entre os anos 700 e 1500, como animais domésticos dos mouros. É uma das poucas espécies dos tipos do velho mundo que não possui uma cauda. São macacos muito sociáveis, podendo viver em grupos de até 60 indivíduos.
7. Macaco fascicularis (Macaca fascicularis)
Vivem em regiões do sudeste da Ásia, especialmente em torno da Indonésia e nas Filipinas, onde se alimentam de frutas. Possuem uma personalidade agitada e alta disposição social. Contudo, lutas entre os macacos desse tipo é comum (assim como a reconciliação).
É uma espécie vulnerável, ainda que contenha uma das maiores populações dentre as espécies de primatas.
8. Sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus)
Dos diferentes tipos de macacos, o sagui é um pequeno primata, muito visto no Brasil. Pode habitar em diferentes habitats, desde florestas tropicais até zonas urbanas.
Preferem se alimentar de insetos, ainda que também comam relva de árvores, resinas e afins. A maioria dos saguis gosta de viver em grupos com cerca de nove indivíduos. Os grupos sociais podem conter até três gerações de uma mesma família, algo raro no mundo dos macacos.
Os saguis possuem orelhas tufadas, e uma aparência adorável. Contudo, não vivem bem em cativeiro, e sua população tem se reduzido devido ao tráfico ilegal nos últimos anos.
9. Macaco-aranha (Ateles Geoffroyi)
O macaco-aranha é um primata de coloração negra, que habita ao longo da América Central. Ele prefere habitar nas florestas tropicais, onde pode se locomover dentre as árvores.
Gostam de se alimentar de frutas, mas também pode comer folhas, nozes, sementes e até ovos. Infelizmente, correm risco de extinção, e o desmatamento tem feito sua população diminuir.
Contudo, o maior fator por trás do risco é o tráfico da espécie. Mas esses macacos são conhecidos por disseminar doenças entre humanos, então os especialistas recomendam não os manter como animais domésticos.
10. Langur-de-ouro (Trachypithecus geei)
Esse belo macaco habita na Índia e Butão. Dos tipos de macacos, é uma das espécies mais recentemente identificadas, então ainda não se sabe tanto assim sobre ele.
Gostam de viver em diferentes habitats, inclusive regiões densamente florestadas. Possuem um corpo esguio, longos membros e uma coloração dourada que muito contrasta com seu rosto escuro. São bem tímidos, então é difícil vê-los por aí.
