É natural para o homem querer explorar e conhecer diferentes partes do planeta. Desde os oceanos até as florestas, desertos, ilhas e polos, há pouquíssimos locais no globo onde os humanos ainda não foram ou descobriram. A era das grandes navegações e explorações acabou há séculos, mas ainda restam algumas partes do planeta onde o contato com a humanidade moderna permanece inacessível.
Alguns deles apresentam dificuldades naturais, como climas severos ou pressões oceânicas altíssimas. Além disso, outros também são protegidos pelo governo, como reservas naturais ou até por razões religiosas.
Conheça abaixo alguns dos lugares ainda intocados por humanos modernos.
Ilha Sentinela do Norte
Centenas de povos tribais continuam sem contato com humanos modernos numa ilha na Baía de Bengala. Tentativas prévias de contato levaram a resultados desastrosos, o que provavelmente gerou uma terrível hostilidade dos nativos. Isso se demonstrou na forma de assassinatos de pescadores encalhados em 2006 e de um missionário em 2018, cujos corpos não foram recuperados.
Fossa das Marianas
A Fossa das Marianas é o ponto mais profundo do oceano, formada pelo contato de duas placas tectônicas, a mais de 10 mil metros de profundidade. O ponto mais profundo que alguém já mergulhou com e sem equipamento foi de 213 m e 332 m, respectivamente.
À medida que a distância aumenta, também cresce a pressão, que só pode ser suportada por veículos submarinos, como o Trieste, que alcançou 10.910 m em 1960.
Pluragrotta
Um sistema de cavernas localizado em Rana, Noruega. A rota tradicional forma um “V”, onde é possível emergir em busca de bolsões de ar depois de centenas de metros de água congelante e pontos apertados, cobertos por rochas pontudas. O local é de dificílima exploração, com diferentes equipes competindo para ver quem consegue ir mais longe. Isso, contudo, já causou três fatalidades, e 3.5 km do local continua intocado.
Vale do Javari
A expansão no Brasil encontrou um dos seus limites no Vale do Javari, uma parte da floresta amazônica onde vivem cerca de 2 mil indivíduos de 14 tribos não contatadas, espalhados por 19 vilarejos. Pessoas não indígenas são consideradas como criminosas caso entrem no território, e o governo realiza observações aéreas constantes da área. Contudo, a mineração e tráfico ilegais ocorrem na região.
Reserva Natural de Tsingy De Bemaraha
A paisagem irregular da reserva impede um assentamento humano. A reserva formou-se através da exposição de cavernas de calcário, que se transformaram em formações pontudas durante 200 milhões de anos devido ao movimento subterrâneo das águas. Mesmo plantas e animais têm dificuldade de se estabelecer na área, pois é como se o chão fosse feito de agulhas.
Ilha de Devon
A Ilha de Devon, em Nunavut, Canadá, é um dos locais usados para simulações da NASA, pois suas condições são severas e propiciam interessantes estudos científicos. É a maior ilha não habitada no planeta, devido à névoa extrema e as temperaturas brutais do inferno, de 50 graus Celsius negativos.
Iacútia
Uma república no extremo leste da Rússia, com muitas seções que ainda não foram exploradas. A população é baixíssima, com menos de 1 milhão de pessoas num território de 3.084.000 km². A temperatura média é de 45 graus Celsius negativos no inverno, e a paisagem é feita em grande parte de tundras.
Montanhas Star
Uma cordilheira montanhosa na Oceania, cheia de locais não explorados e uma chuva eterna. Todo ano, o índice de chuva é três vezes maior que o da floresta amazônica. Até hoje, nenhuma estação meteorológica conseguiu se estabelecer com sucesso na região.
Caverna Son Doong
Son Doong é uma caverna impressionante localizada no centro do Vietnã. É a maior caverna do planeta, com algumas partes que já colapsaram, permitindo o crescimento de florestas tropicais subterrâneas. Vastas partes do local só foram descobertas recentemente, e somente agora é que alguns visitantes estão finalmente percebendo o tamanho verdadeiro desse lugar.
Gangkhar Puensum
Um local mítico e não aberto ao público, localizado no Butão, na fronteira com o Tibete. Mesmo no período em que era aberto, o pico da montanha era difícil, ou quase impossível, de ser encontrado. Até hoje, nenhuma das equipes que tentou escalar o local conseguiu.