Vídeo raro do último Tigre-da-Tasmânia vivo é revelado em alta definição

Giovane Sampaio
(Imagem: National Film and Sound Archive of Australia (NFSA))

A National Film and Sound Archive of Australia (NFSA) divulgou o vídeo em alta definição, gravado em 1935, do último Tigre-da-Tasmânia (Thylacinus cynocephalus) vivo.

O animal, até ser extinto, foi um dos maiores marsupiais carnívoros conhecidos nativos da Tasmânia, da Nova Guiné e do continente australiano. Suas costas listradas eram sua característica física mais visível, a que lhe rendeu o nome de “tigre“.

No vídeo, o Tigre-da-Tasmânia conhecido por Benjamin pode ser visto em seu recinto no zoológico de Beaumaris, em Hobart, Tasmânia. Foi um dos poucos locais onde um exemplar do animal foi mantido em cativeiro.

Em 7 de setembro de 1936, 18 meses após a filmagem, o espécime veio a falecer. O evento entrou para a história como uma das poucas extinções de uma espécie presenciadas ao vivo, já que o último indivíduo de sua espécie estava sob cuidados humanos. Até hoje, nenhum outro Tigre-da-Tasmânia foi encontrado na natureza.

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O último registro em cativeiro

No vídeo, o narrador de sua época diz: “Este é o único em cativeiro no mundo. O Tigre-da-Tasmânia é hoje muito raro, sendo forçado a sair de seu habitat natural devido à marcha da civilização”.

O curador da NFSA, Simon Smith, em um comunicado à imprensa disse: “A escassez de filmagens do Tigre-da-Tasmânia torna cada segundo de imagem em movimento realmente precioso. Estamos muito entusiasmados em tornar esta filmagem recém-digitada disponível para todos online”.

Imagens revelam os momentos finais da espécie Tigre-da-Tasmânia. (Imagem: National Film and Sound Archive of Australia (NFSA))

Segundo o The Australian Museum, o declínio do Tigre-da-Tasmânia deveu-se à provável introdução de cães, mas principalmente devido à perseguição humana direta do animal como uma suposta praga.

Até então, este é o último registro de de Benjamin com vida. Nenhuma outra filmagem posterior dele ou de outro Tigre-da-Tasmânia foi encontrada até o momento, mas a NFSA está esperançosa de que possa encontrar, em alguma coleção ou arquivo perdidos, novas gravações que nos levem a presenciar os últimos momentos de uma espécie que não existe mais.

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