Vídeo captura morte de um filhote de pássaro afogado por um peixe

Amanda dos Santos
Os ninhos de pardal à beira-mar que estão próximos ao solo são propensos a inundações. Mas em ninhos mais altos, os filhotes podem ser vulneráveis ​​a predadores terrestres. (Crédito da imagem: Corina Newsome)

Quando o ninho de um pardal inundou durante a maré alta na costa da Geórgia, um peixe aproveitou e fez a refeição de um filhote de pássaro recém-nascido. Uma câmera de vídeo de um cientista captou esse encontro mortal em que o peixe saiu vencedor.

As imagens mostram um pequeno peixe chamado mummichog (Fundulus heteroclitus) pulando em um ninho inundado e atacando um pardal filhote à beira-mar (Ammospiza maritima). Até então, os cientistas desconheciam esse tipo de ameaça.

Surpresa dos cientistas

Corina Newsome, ornitóloga do Hunter Lab na Georgia Southern University em Statesboro, havia colocado câmeras nos ninhos com o filhote de pássaro para aprender sobre os riscos de predadores. Só que esse predador veio de um lugar inesperado: a água.

Parece que os ninhos correm risco tanto na parte de baixo quanto em locais mais altos. Os pântanos salgados das marés na Geórgia são a casa de muitos tipos de pássaros. Logo, os pardais à beira-mar que lá vivem são conhecidos por construir ninhos em locais sujeitos a inundações quando a maré sobe, segundo relatos de Newsome e seus coautores para The Wilson Journal of Ornitologia.

Embora pareça perigoso para um filhote de pássaro, ele frequentemente sobrevive a pequenas enchentes, de acordo com o estudo. Mas escolher um lugar de nidificação mais seco e alto pode deixar os filhotes mais expostos a um série de predadores, disse Newsome.

Ou seja, são pássaros maiores, como corvos, guaxinins e ratos do pântano que se alimentam de pardais bebês. Portanto, os filhotes de pardais tendiam a ficar mais seguros em ninhos próximos ao solo, pois isso lhes proporciona uma cobertura protetora.

A surpresa veio com o resistente mummichog, peixes que habitam os pântanos salgados, medem 9 centímetros de comprimento e são altamente tolerantes a condições adversas, como baixos níveis de oxigênio e mudanças de temperatura.

Enfim, foi esse o peixe que apareceu na borda do ninho e atacou o filhote de pássaro.

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