Caos, asteroide colidindo com a Terra e devastando cidades… este é o contexto ficcional científico de muitas produções cinematográficas. No entanto, os pequenos asteroides que bombardeiam a atmosfera terrestre constantemente queimam sem maiores transtornos. Para ficar a par desse frequente movimento – e proteger a Terra contra a ameaça de impactos maiores e potencialmente mais perigosos – a NASA, evidentemente, possui um sistema de previsão de impacto, o Scout. Foi o Scout que previu, recentemente, o asteroide na Alemanha.
Precisão do Scout
Em comunicado, a NASA informou que “Um pequeno asteróide com cerca de 1 metro de tamanho se desintegrou inofensivamente sobre a Alemanha no domingo, 21 de janeiro, às 1h32, horário local (CET). 95 minutos antes de impactar a atmosfera da Terra, o sistema Scout de avaliação de risco de impacto da NASA, que monitora dados sobre possíveis descobertas de asteroides, deu aviso prévio sobre onde e quando o asteroide impactaria. Esta é a oitava vez na história que um pequeno asteróide ligado à Terra foi detectado ainda no espaço, antes de entrar e se desintegrar na nossa atmosfera.”
O cientista do espaço Krisztián Sárneczky, da Hungria, conseguiu encontrar o asteroide na Alemanha bem no limite de ser visto. Ele já é famoso por ajudar a descobrir 319 asteroides e 5 explosões de estrelas.
O pesquisador avisou a comunidade de cientistas do espaço, e o impacto do asteroide na Alemanha estava programado para acontecer exatamente 3 horas depois que ele o avistou. E, de fato, aconteceu.
Explosão brilhante do asteroide na Alemanha
O choque do asteroide na Alemanha criou uma bola de fogo brilhante, também conhecida como bólido, que pôde ser vista de lugares tão longínquos como a República Checa. Pode ter até espalhado pequenos pedaços de meteoritos no solo, próximo ao ponto de impacto, cerca de 60 quilômetros a oeste de Berlim.
A NASA, mesmo que monitorando objetos próximos da Terra (NEOs) de todos os tamanhos, tem a responsabilidade específica, dada pelo Congresso, de identificar e seguir NEOs com 140 metros ou mais de diâmetro. Esses objetos poderiam causar danos significativos se colidissem com o planeta. Felizmente, esses objetos maiores podem ser detectados com bastante antecedência, ao contrário de objetos menores como o 2asteroide na Alemanha, 2024 BX1.
A identificação de asteroides que se aproximam representa um desafio considerável, por conta do seu tamanho reduzido. Asteroides com diâmetro inferior a 25 metros tendem a se desintegrar na atmosfera, resultando em uma probabilidade mínima de causar danos significativo.
Contudo, a sua detecção é uma tarefa complexa. Iniciativas de pesquisa, a exemplo do Catalina Sky Survey, empregam telescópios terrestres para prospectar potenciais asteroides que possam se aproximar da Terra, almejando identificá-los antes mesmo de ingressarem na atmosfera.
Cenário frequente
A Terra é atingida frequentemente por asteroides de pequeno porte, como este. Embora não apresentem ameaças à vida no planeta, esses eventos oferecem uma oportunidade valiosa para a NASA demonstrar suas capacidades de defesa planetária. Tecnologias como o cálculo da trajetória com resposta rápida, como o Scout, e alertas de impacto são exemplares dessas habilidades.
Desse modo, o Scout, uma iniciativa concebida e operada pelo Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) nas instalações do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, localizado no sul da Califórnia, realiza automaticamente a busca por novos dados provenientes desta fonte.
A partir dessas informações, o Scout deduz a possível trajetória do objeto recém-detectado e avalia as probabilidades de impacto na Terra. O CNEOS, por sua vez, realiza o cálculo das órbitas de todos os Objetos Próximos à Terra (NEOs) catalogados, oferecendo avaliações detalhadas dos riscos potenciais de impacto. Essas avaliações são então disponibilizadas ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária (PDCO), localizado na sede da NASA em Washington.