Os satélites exercem uma importância primordial, única e fundamental no combate às mudanças climáticas. Tamanha importância deles nessa missão, que são lançados por diversos países diferentes. Entenda porque satélites são fundamentais para combater as mudanças climáticas.
Ricardo Galvão foi eleito pela Nature, em 2019, o cientista mais importante daquele ano. Isso ocorreu após os embates do cientista, enquanto diretor no INPE (Instituto Nacional de pesquisas espaciais), com o presidente da república, Jair Bolsonaro e com o então ministro do meio ambiente, Ricardo Sales. Quando Galvão denunciou uma alta no desmatamento, foi ofendido pelo governo, quando o presidente disse que os dados eram mentirosos e que Galvão e os pesquisadores do INPE manipulavam os dados.
Esse embate ocorreu no contexto da liberação de uma série de análises feitas por meio de satélites. As imagens mostravam que o desmatamento ilegal no Brasil vinha crescendo, mais do que anteriormente. Naquele momento, as imagens mostravam que em julho de 2019, o desmatamento estava mais de 100% maior do que em julho de 2018.
Por que satélites são fundamentais para combater as mudanças climáticas?
Note, nos parágrafos anteriores, que um termo importante é a imagem de satélite. Em uma entrevista de 2020, dada à Revista Pesquisa Fapesp por Ricardo Galvão, ele disse:
“O INPE sempre desenvolveu satélites para aplicações importantes, como sensoriamento remoto e monitoramento do desmatamento. Hoje a tecnologia de pequenos satélites, de até 100 quilos, tornou-se muito barata. Participei durante todo o ano de 2018 de um grupo de trabalho montado pelo governo federal para reformular o programa espacial brasileiro. Estava muito animado com as possibilidades e o envolvimento do INPE nesse tema. Durante minha gestão, não por mérito meu, mas dos pesquisadores que trabalham nessa área, o INPE começou a se estruturar para monitorar o desmatamento em todos os biomas brasileiros, não apenas na Amazônia.”
O cientista fala sobre como os satélites são fundamentais para combater as mudanças climáticas. No caso do Brasil, os principais focos dessas análises de satélite são os rios e as florestas, já que o país possui 12% de toda a água doce do mundo e mais da metade do território brasileiro é composto por florestas.
Por exemplo, na floresta amazônica, satélites encontram estradas não autorizadas pela floresta. São estradas abertas sem o procedimento legal por exploradores locais. Segundo os dados, 95% do desmatamento e 85% das queimadas partem de áreas em um raio de até 5,5 km dessas estradas. Portanto, os dados de satélites podem guiar políticas do Ibama no combate dessas incêndios e dos desmatamentos pela raiz – encontrando e punindo os responsáveis, além do confisco de equipamentos. Essas estradas são associadas a atividades de mineração e de extração de madeira ilegais.
No âmbito global, a análise dos satélites também volta-se para a perda de gelo, mudança nas temperaturas globais, aumento no nível médio dos oceanos, perda de florestas em um âmbito mais global e também no âmbito regional.
O vídeo abaixo demonstra as mudanças na temperatura global entre 1880 e 2021. Nesse período, houve uma mudança na temperatura média global de 0,85 graus Celsius, segundo a NASA.
0,85 grau parece pouco, mas devemos lembrar que é uma queda de temperatura de quase um grau Celsius causada, predominantemente, pela ação humana. Isso demonstra um pouco da satélites são fundamentais para combater as mudanças climáticas.
O derretimento das geleiras demonstra muito os efeitos do aumento na temperatura média global. Com esse derretimento, o nível dos oceanos aumenta. Mais tempestades ocorre, mais desastres naturais ocorrem. Em breve, muitos países podem desaparecer.
Os satélites fornecem imagens em diversas frequências diferentes do espectro eletromagnético. Dessa maneira, vemos de cima como tudo ocorre por aqui, e com diversos olho diferentes. Dessa maneira, podemos analisar o planeta de diversas maneiras possíveis.
