Recém atualizado, telescópio faz incríveis imagens de manchas solares

Felipe Miranda
(Créditos da imagem: KIS)

O observatório solar GREGOR, localizado em território espanhol, um dos mais poderosos do mundo, passou por uma atualização. Agora, capaz de obter as mais altas resoluções em imagens do Sol por toda a Europa, ele nos impressiona. Vejas essas manchas solares.

O telescópio faz parte do Observatório de Teide, localizado nas Ilhas Canárias. O  arquipélago trata-se de um domínio espanhol no Oceano Atlântico, próximo à costa da África.

Operado por um consórcio alemão, embora esteja em território espanhol, ele passou pela atualização sob os cuidados do Instituto Leibniz de Física Solar (KIS), de Freiburg, na Alemanha

“Esse foi um projeto muito emocionante, mas também extremamente desafiador.”, disse em um comunicado a  Dra. Lucia Kleint, líder do projeto. Ela trabalha exatamente com as dinâmicas magnéticas do Sol. 

“Em apenas um ano, redesenhamos completamente a óptica, a mecânica e a eletrônica para alcançar a melhor qualidade de imagem possível.”, explica a Dra. Kleint.

Além disso, para se ter ideia da capacidade dele, ele pode captar, em alta resolução, detalhes de 50 quilômetros na superfície solar. É, portanto, como ver uma agulha em alta resolução a 1 quilômetro de distância.

Os detalhes da atualização do telescópio foram explicados e publicados em um artigo. Eles está disponível no periódico Astronomy and Astrophysics desde o primeiro dia de setembro. 

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A manutenção

Com a pandemia, no entanto, os pesquisadores ficaram presos na ilha. Então, eles decidiram aproveitar o tempo livre. Imediatamente iniciaram essas manutenções e melhorias para aumentar a sua resolução.

Manutenções de telescópios são extremamente demoradas. Como eles são muito sensíveis, é necessário analisar e testar cada mudança. A precisão dele é facilmente afetada.

“O projeto foi bastante arriscado porque tais atualizações de telescópio geralmente levam anos , mas o excelente trabalho em equipe e o planejamento meticuloso levaram a esse sucesso.”, diz a Dra. Svetlana Berdyugina.

“Agora temos um poderoso instrumento para resolver quebra-cabeças no Sol.” explica a Dra. Berdyugina da Universidade Albert-Ludwig, de Freiburg e Diretora do Instituto Leibniz de Física Solar.

Um dos problemas resolvidos era a precisão de dois espelhos. Trata-se, portanto, de um problema análogo ao astigmatismo, em um olho humano, como compara o comunicado de imprensa.

Entretanto, não é simples, como apenas “por um óculos”. foi necessário poli-lo com uma precisão de 6 nanômetros. Isso equivale a 1/10000 do diâmetro de um fio de cabelo. 

Enxergando manchas solares

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Agora, portanto, os pesquisadores podem estudar com maior detalhe diversos efeitos no Sol. São exemplos os campos magnéticos, convecções, turbulências, erupções solares e manchas solares. As primeiras imagens obtidas, de julho, revelam detalhes das manchas solares e do plasma. 

As manchas solares são literalmente manchas. Facilmente notadas, elas ocorrem na superfície do Sol e podem. Em alta resolução, no entanto, possibilita os cientistas de entender detalhes mais complexos.

Justamente essas manchas causam perturbações magnéticas que lançam plasma em direção aos planetas. Chamamos isso de ejeção de massa coronal e, depois, de ventos solares.

O plasma forma a coroa solar. Por isso chama-se ejeção de massa coronal. O plasma é um estado da matéria super energético, onde os átomos ficam naturalmente ionizados. Ademais, é perigosíssimo para os planetas. A nossa sorte, no entanto, é que o campo magnético da Terra nos protege. 

O estudo foi publicado na revista Astronomy and Astrophysics. Com informações de IFL Science, Space.com e Leibniz-Institut für Sonnenphysik.

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