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Ciência

Por que cientistas estão estudando o pênis de um besouro?

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Os cientistas estudaram os genitais de um besouro em busca de lições sobre a resistência dos cateteres.

O cateter e o pênis do besouro têm um problema comum: encontrar um caminho em espaços complicados sem quebrar ou colapsar. Agora, graças ao besouro-tartaruga Cassida rubiginosa, os cientistas podem ter uma solução para os dispositivos médicos.

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O órgão reprodutor do macho da espécie é longo e fino, mas graças à sua ponta macia e à sua base rígida, não quebra durante a cópula. Estudar o órgão em detalhes pode proporcionar aos cientistas ideias para desenvolver estruturas alongadas, como cateteres, que não quebram. Besouro – Tartaruga (Cassida rubiginosa)

Essa é a conclusão de um novo estudo publicado na Science Advances que examinou as genitais do inseto. Os pesquisadores japoneses criaram um “teste de flexão de três pontos” para testar a força ao longo do comprimento do pênis (chamado flagelo). A base do órgão intromitente era rígida, e a ponta era mais suave, descobriram os cientistas, que acreditam que essa configuração confere maior força e flexibilidade ao aparato sexual. Eles especulam que a forma cilíndrica e a ponta enrolada permitem uma penetração bem-sucedida.

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Imagem por microscopia eletrônica de varredura do flagelo da espécie Cassida rubiginosa (A), indicando imagens ampliadas do flagelo (B-E); áreas rosadas representam superfícies encolhidas. Créditos: Yoko Matsumura, Alexander Kovalev & Stanislav N. Gorb

As descobertas ajudam os pesquisadores a entender como o besouro consegue copular sem quebrar seu aparelho reprodutor e, de quebra, auxiliam no aprimoramento do design de dispositivos médicos como os cateteres que, por situações de mau alinhamento ou precisão inadequada de sua ponta, levam a complicações médicas.

Fontes: Science; The Scientist.

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Referência:

  1. MATSUMURA, Y.; KOVALEV, A. E.; GORB, S. N. Penetration mechanics of a beetle intromittent organ with bending stiffness gradient and a soft tip. Science Advances, v. 3, n. 12, 20 dez. 2017, eaao5469. DOI: 10.1126/sciadv.aao5469

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