Um vídeo fantástico mostra uma das maiores cobras do mundo, uma píton africana (Python sebae), engolindo um impala inteiro lentamente.
O vídeo gravado na MalaMala Game Reserve, na África do Sul, mostra a cabeça da fabulosa cobra deslizando lentamente por seu corpo enquanto se estica para engolir a criatura inteira.
Uma cobra com um apetite monstruoso
Derrubar um animal desse tamanho para essa píton não é nada surpreendente, disseram os especialistas. Tais cobras podem atingir 6 metros de comprimento e atacar criaturas ainda maiores.
“Pítons são caçadores de emboscadas”, disse Matthew Johnston, professor associado de medicina aviária, exótica e zoológica da Colorado State University. “Eles vão derrubar o que quer que passe na frente deles quando estiverem com fome.”
Johnston disse que as pítons-das-rochas ficam em afloramentos rochosos e cavernas, pois sentem o gosto do ar com um órgão sensorial especial chamado de órgão de Jacobson.
Suas línguas bifurcadas permitem que elas não somente usem o órgão de Jacobson com o objetivo de sentir odores de animais próximos, mas também fazem a detecção de mudanças sutis na temperatura do ar. Mudanças acontecem quando, por exemplo, um animal de sangue quente passa por perto, assim como um impala.
Quando a cobra ataca, sua boca abre 180 graus, permitindo que ela soque sua presa com a boca cheia de dentes. Uma vez que os dentes afundam na pele, a cobra rapidamente enrola seu corpo em torno do animal.
Depois do seu ataque, vem o fato mais brutal da caça da píton-das-rochas, que é o de que seu ataque não mata a vítima. O que acontece é que ela envolve seu forte e musculoso corpo nela, a apertando toda vez que o animal respira, não importando seu tamanho.
Por fim, elas sempre engolem sua presa começando pela cabeça. Como afirma Tom Weaver, curador assistente de ectotérmicos no Denver Zoo: “Eu vi espécies de constritores procurarem por mais de uma hora para encontrar a cabeça de uma presa”. Desse modo, a cobra pode engolir sua presa rapidamente, pois pelos ou penas dão menos resistência quando ela engole a presa de cabeça para baixo.
A ingestão e digestão da Píton
A ingestão e digestão dessas cobras são grandes desafios para elas. Antes de iniciarem o processo de engolir lentamente, ela precisa envolver toda boca ao redor da presa.
Elas fazem com que suas mandíbulas fiquem juntas por ligamentos semelhantes a elásticos finos. O que quer dizer que a píton não precisa deslocar cada lado de sua mandíbula do outro, como a crença popular sugere, pois os ossos da mandíbula mal estão ligados um ao outro.
Dessa maneira, a cobra um lado dos seus dentes para pegar comida enquanto move o outro lado ao longo do corpo da presa, a qual morre devido ao ácido estomacal, pois o estômago de uma cobra é formado por ácido clorídrico quase puro.
“Temos estômagos com pH de 4 ou 5, mas pítons têm pH de 1”, disse ele.
Uma refeição grande como um impala sustenta a píton durante semanas.