Pastores de gado no Quênia matam o leão mais velho do mundo

Damares Alves
Imagem: Philip Briggs

A tranquila aldeia de Olkelunyiet, no Quênia, foi palco de um evento que chocou o mundo: Loonkiito, o venerado leão de 19 anos, foi tragicamente morto após predar gado. Este leão, possivelmente o mais velho da África, era considerado um símbolo de resiliência e coexistência, um farol de esperança na complexa relação entre humanos e vida selvagem.

Loonkiito, agora uma lenda, era frágil, mas decidido. Ele deixou o Parque Nacional de Amboseli em busca de alimentos, selando seu destino. Mas sua história não é única: seis outros leões do mesmo parque foram mortos por pastores, totalizando onze mortes em poucos dias. O governo queniano enfrenta agora um conflito crescente entre humanos e animais.

A ministra do Turismo, Peninah Malonza, apelou à comunidade local para não atacar os leões que vagueiam, mas sim contactar o serviço de vida selvagem. Com a seca mais severa das últimas décadas a devastar a região da África Oriental, os pastores têm sido particularmente vigilantes na proteção de seus animais domésticos, levando a um aumento no conflito entre humanos e leões.

O legado de Loonkiito ressoa além de sua morte, um lembrete do delicado equilíbrio entre humanos e animais selvagens. A Fundação Big Life, grupo de conservação que trabalha para assegurar a coexistência entre humanos e animais, lamentou a morte do leão e reafirmou seu compromisso com o bem-estar de ambos no Parque Nacional de Amboseli.

A morte recente de Loonkiito e outros leões é um alerta para que humanos e vida selvagem aprendam a viver em harmonia neste planeta que compartilhamos. Devemos lembrar que esse leão em particular viveu além da expectativa, uma lição de perseverança. Contudo, suas partida levanta questões importantes: qual é o futuro reservado aos leões?

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